Após deixar o seu Kindle parado por pelo menos duas semanas, a escritora Mariana Vieira, 32 anos, teve que lidar com uma infestação de formigas dentro do aparelho, que se alojaram no buraco do carregador e se movimentaram de tal forma que compraram livros digitalmente.

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O relato foi parar no perfil do Twitter de sua amiga, Fabiane Guimarães, e viralizou. Já eram mais de 70 mil curtidas até o final da tarde desta quinta-feira (28).

Vieira, moradora de Brasília, diz que por conta da leitura de um calhamaço, deixou o leitor de livros digitais da Amazon parado por algumas semanas na sua estante. Na última terça-feira (26), resolveu colocá-lo para carregar por conta de uma viagem que faria nesta semana.

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Quando o aparelho mal carregou após alguns minutos, ela achou que tinha algo de errado e deu leves batidinhas com o dedo. Foi quando começaram a sair dezenas de formigas do leitor. “Eu estou em um conto da Lygia Fagundes Telles”, pensou ela.

A escritora deixou o aparelho na janela e foi trabalhar. “Dali uns minutos, recebi uma notificação: ‘Parabéns pela sua compra'”, diz ela. Era o livro Robôs e Império, de Isaac Asimov.

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A princípio pensou que fosse um engano, até conferir o seu Kindle e ver que estava na página de compras. Àquela altura, o touch já não funcionava, e antes de ela decidir tirar do carregador, a movimentação das formigas comprou mais um livro em seu nome: O anel de Giges, de Eduardo Giannetti.

Ambas as compras foram canceladas a tempo.

Sua amiga Fabiane Guimarães foi quem deu a dica que fez o dispositivo voltar a funcionar: colocar em um saco plástico e deixar no congelador. “Achei um pouco extremo, mas como já não estava funcionando mesmo, quando cheguei em casa coloquei no congelador”, diz ela.

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Embora a técnica não esteja nos manuais de uso, quando Vieira tirou o leitor da geladeira, o touch estava funcionando.

Procurada, a Amazon diz que deve-se evitar contato do aparelho com alimentos. “Os clientes também não devem usar seus dispositivos perto de pias ou lugares molhados (caso seu modelo não seja à prova d’água) e não devem deixá-los expostos a calor ou frio extremos”, afirma a empresa.

Vieira, que escreveu uma crônica sobre o caso, diz ainda não saber o que causou a infestação, já que não havia comida perto do aparelho. “A minha dica é: não deixe o seu Kindle parado. Leia”, afirma ela.