Em meio a uma pandemia, é necessário ficar atento à prevenção de outras doenças também. A meningite, por exemplo, pode ter uma evolução rápida e levar à morte entre 24 e 48 horas. Uma atenção a mais é que as formas de transmissão são muito semelhantes às do novo coronavírus.

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A meningite, a inflamação das meninges (membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal), pode ser causada por agentes, como bactérias, fungos e vírus. A sua forma mais grave é a bacteriana, que tem ocorrência mais comum no outono-inverno e precisa ser tratada imediatamente.

Algumas pessoas que são portadoras da bactéria podem não apresentar sintomas, como febre, dor de cabeça, rigidez da nuca e sensibilidade à luz. Porém, elas têm chance de transmitir o agente para outras pessoas, que podem se contaminar através de gotículas com o beijo, tosse ou espirros.

Assim, os cuidados com a higiene, como lavar as mãos e usar álcool em gel, evitar compartilhar utensílios e evitar aglomerações são cuidados fundamentais apontados pelos médicos para a prevenção. Ao tossir ou espirrar, devemos cobrir com o antebraço, e não com as mãos.

A meningite meningocócica pode afetar qualquer idade, mas principalmente bebês, crianças em idade pré-escolar e jovens. Já na pneumocócica, idosos e portadores de quadros crônicos ou de doenças imunossupressoras apresentam maior risco de adoecer, especialmente os do sexo masculino.

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— Em geral, nas famílias que são acometidas pela meningite, são deixadas marcas por muito tempo porque perdem entes queridos ou eles ficam com sequelas séries, como cegueira, surdez e amputação de membros — declarou a médica patologista clínica Annelise Lopes.

Vacina para meningite está disponível na rede pública

Diferente da Covid-19, há vacina disponível para a doença, com eficácia acima de 90%. Na rede pública, as doses incluídas no calendário são para o sorotipo C do meningococo, que é o mais prevalente no Brasil e está no Programa Nacional de Imunizações, com duas doses, uma aos três e outra aos seis meses de idade, além de um reforço aos 15 meses.

— Existe outro tipo de vacina ampliada que tem uma importância em Santa Cataria, pois aqui há um maior número de casos do subtipo W. Elas são indicadas para crianças, adolescentes e em casos especiais, ou para adultos em viagem para áreas de risco. A do sorotipo B, também só em clinicas particulares — destacou Annelise.

Ouça a entrevista para o Notícia na Manhã desta sexta-feira (24), com Mário Motta: