Técnicos das Forças Armadas irão investir em um projeto para conferir em tempo real a totalização dos votos feita pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nas eleições de outubro. A medida inédita consiste em levar os militares em seções eleitorais para tirar fotos do QR Code dos boletins de urna. As imagens serão enviadas ao Comando de Defesa Cibernética do Exército, em Brasília, que fará uma contagem paralela dos votos. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

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Fontes ouvidas pelo jornal informaram que a ação será feita com 385 boletins de urna. A amostragem, pela conta dos técnicos, garantirá 95% de confiabilidade. Com isso, o resultado dos documentos será conferido com os dados enviados pelos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) para o TSE. 

Em 31 de agosto, o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, fez um acordo com militares para divulgar às entindades fiscalizadoras os arquivos brutos da totalização dos votos, enviados pelos tribunais regionais. Com isso, os militares terão acesso em tempo real aos dados, em vez de coletar as informações por meio da base disponibilizada pelo TSE na internet. 

A conferência do total de votos é um das fases de fiscalização do processo eleitoral, definidas pelo TSE. Com o intuito de evitar a demora e fazer o trabalho em tempo real, os militares que estarão a serviço em operações de garantia de votação e apuração vão ser convocados para tirar as imagens dos boletins de urna e enviar ao Comando de Defesa Cibernética. 

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Ainda segundo a Folha, a expectativa é que, na mesma noite em que o resultado for divulgado, a análise das Forças Armadas também seja concluído. 

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A atuação dos militares na fiscalização tem sido utilizada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) para evitar a desconfiança nas urnas eletrônicas. 

A conferência na totalização dos votos pelas Forças Armadas tem outros dois focos: acompanhar as discussões do TSE sobre a sugestão de alterar o teste de integridade e conferir se os sistemas inseridos nas urnas eletrônicas nos estados são os mesmos lacrados e assinados pelas entidades fiscalizadoras no início do mês. 

*Com informações do jornal Folha de S. Paulo

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