Deflagrada nesta terça-feira (18) em todo o país, a 6ª fase da Operação "Luz na Infância" cumpriu 16 mandados de busca e apreensão em Santa Catarina desde as primeiras horas da manhã. A força-tarefa, coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MSP), mirou suspeitos de crimes de abuso e exploração sexual praticados na internet contra crianças e adolescentes.
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Em Santa Catarina a operação ocorreu em nove cidades. No total, foram expedidos 112 mandados de busca e apreensão em 12 estados brasileiros e em mais quatro países: Colômbia, Estados Unidos, Paraguai e Panamá.
Em coletiva de imprensa às 10h, a Polícia Civil confirmou nove prisões em flagrante: duas em Florianópolis, duas em Criciúma, uma em Blumenau, uma em Balneário Camboriú, uma em Itajaí, uma em Joinville e uma em Lages. Nos outros sete casos a polícia apreendeu computadores, HDs, pendrives, celulares e tablets, que vão passar por perícia e, caso algo seja encontrado, mandados de prisão também pode ser expedidos.
As nove prisões em flagrante ocorreram porque durante a abordagem os policiais localizaram indícios dos crimes cometidos, principalmente de armazenamento de conteúdo pornográfico infanto-juvenil.
— Chegamos aos suspeitos através de denúncias e investigação no ambiente virtual. É possível que eles atuem em grupo, inclusive abastecendo a lascívia do outro com conteúdo pornográfico, mas não temos evidências de ligação entre os suspeitos ainda — explicou o delegado Gustavo Kremer, da 6ª DPCAMI de Florianópolis.
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Segundo o delegado, os suspeitos armazenavam inúmeros vídeos de práticas sexuais com crianças:
— É importante os pais ficarem atentos com quem deixam os seus filhos e os dispositivos que eles utilizam. Predadores sexuais entram nas redes sociais, iludem as crianças e adolescentes, pedem '"nudes" e até marcam encontros para esses crimes — alertou Kremer.
A operação contou com 28 policiais e 16 equipes do IGP para a perícia dos equipamentos eletrônicos. Os presos estão sendo levados para penitenciárias das suas regiões.
Na última fase da força-tarefa, realizada em setembro do ano passado, seis pessoas foram presas em Santa Catarina por crimes ligados à exploração sexual de crianças e adolescentes, cinco delas e flagrante – no país, foram 51 presos. Desde a 1ª fase da operação, deflagrada em outubro de 2017, foram cerca de 600 presos.
As penas para os crimes investigados variam: de 1 a 4 anos de prisão, para quem armazena conteúdos de pornografia infantil, de 3 a 6 anos, para quem compartilha, e de 4 a 8 anos de prisão para quem produz esse tipo de conteúdo.
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