Uma força-tarefa formada pela Secretaria Municipal de Assistência Social, Polícia Militar e Polícia Civil percorreu o Centro da Capital nesta sexta-feira (8), Dia Internacional da Mulher, para orientar moradoras em situação de rua quanto a seus direitos e os serviços como alimentação e pernoite oferecidos pelo projeto Passarela da Cidadania.
Continua depois da publicidade
Atualmente, 450 pessoas vivem em situação de rua em Florianópolis, de acordo com o Conselho Municipal de Segurança. Destas, 67 são mulheres.
No Terminal Cidade de Florianópolis, Carolaine Santos, de 26 anos, foi uma das jovens abordadas pela equipe depois de passar a noite no local.
– Cheguei a Florianópolis há três semanas, vinda de São Paulo, para procurar emprego e fazer arte de rua. Trabalho com faxina, tento dormir em hostel, mas hoje fiquei por aqui – relatou.
De acordo com a Secretaria Municipal de Assistência Social, muitas mulheres em situação de rua são dependentes químicas.
Continua depois da publicidade
– Elas geralmente estão acompanhadas do marido, para ter mais segurança. A maioria é dependente de crack e prefere não passar a noite na Passarela da Cidadania, pois lá há regras de convivência e ainda há muitas pessoas que dão comida e dinheiro a elas. Essas doações estimulam a permanência na rua – explicou o vice-presidente do Conselho Municipal de Segurança Rodrigo Marques.
De segunda a sexta-feira, das 8h às 12h, a equipe de Defesa, Orientação e Apoio à população de rua (DOA) , formada por vários órgãos governamentais, percorre a cidade para sensibilizar este público.
Na Passarela da Cidadania, que fica na Passarela Nego Quirido, a prefeitura e a Ong Associação Braços Abertos oferecem gratuitamente 150 refeições três vezes ao dia. Ao menos 150 vagas para pernoite estão disponíveis no local, das quais apenas 15 são usadas. Além disso, na Passarela há a possibilidade de lavar roupa e tomar banho.
– O primeiro passo de atendimento ao morador de rua é a triagem do Centro Pop, que identifica a necessidade de cada indivíduo, se precisa de atendimento médico, passagem de ônibus para voltar para casa, desde que comprove vínculo com a cidade, ou alimentação e abrigo – relatou Diácono Ricardo, diretor da DOA.
Continua depois da publicidade
A força-tarefa passou pelo viaduto da frente do Terminal Rita Maria, pela Rua Saldanha Marinho, pelo Terminal Cidade de Florianópolis e pela Avenida Gustavo Richard. Apenas uma moradora aceitou ajuda.