A Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) está em retirada de Santa Catarina. Segundo a Polícia Militar (PM), desde a semana seguinte à Páscoa a tropa segue um cronograma de saída gradual, que vai até 18 de maio, quando termina a parceria do governo catarinense com o Ministério da Justiça para presença do grupo no Estado – uma das ações para combate ao crime organizado e à segunda onda de atentados.
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O decreto de apoio federal prevê prorrogação da estadia em caso de necessidade, mas a tendência é de que este direito não seja exercido.
Os agentes da FNSP chegaram em 15 de fevereiro para ajudar a dar fim aos ataques. A missão do grupo era atuar na parte externa das cadeias e garantir a segurança das unidades prisionais com a remoção de 40 líderes do Primeiro Grupo Catarinense para penitenciárias federais.
O número de integrantes da tropa federal que já deixaram Santa Catarina e quais cadeias trabalhavam não foi revelado por questão de segurança.
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A estratégia de saída gradual estava prevista no decreto editado pelo Ministério da Justiça e a paralisação dos agentes penitenciários não deve influenciar no cronograma. A PM, que coordena o trabalho da FNSP, informou que a os prazos de retirada continuam sendo cumpridos.
Acrescentou que a única possibilidade de haver prorrogação da permanência da tropa em Santa Catarina é se a Secretaria de Justiça e Cidadania entender que há razão para tal.
Esta possibilidade não deve ocorrer. O diretor do Departamento de Administração Prisional (Deap), Leandro Lima, declarou que por enquanto a paralisação dos agentes penitenciários não foi um fator considerado no cronograma de saída da tropa federal.
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Ele acredita que não deve haver alteração, porque até 18 de maio o movimento relacionado aos trabalhadores estará resolvido. A perspectiva é de fechar um acordo com o sindicato na próxima segunda-feira.
Mesmo com o término da missão, o número de membros da Força enviados ao Estado não será revelado. informou o Ministério da Justiça. Tampouco haverá divulgação das cadeias que atuaram e quantos eram em cada unidade prisional.