Um homem de 28 anos foi capturado pelas polícias Militar e Civil em São José, na Grande Florianópolis, na tarde desta quarta-feira (5). Ele é condenado pelo assassinato da agente penitenciária Deise Fernanda Melo Alves em 2012, durante uma série de atentados registrados em Santa Catarina, e estava foragido. A vítima era esposa do diretor da unidade prisional de São Pedro de Alcântara naquela época, Carlos Antônio Gonçalves Alves.
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A prisão aconteceu por volta das 16h no Centro Histórico de São José. O foragido foi enviado à Penitenciária da Capital. Ele foi identificado em um Citroen C4 por uma câmera de segurança instalada em um ponto estatégico. O sistema de inteligência das forças de segurança fez uma comparação entre as imagens registradas e o banco de dados da Secretaria de Segurança Pública e encontrou o homem.
O criminoso estava foragido desde outubro de 2020, quando o madado de prisão foi expedido. O homem, que tem antecedentes criminais por tráfico de drogas, recebeu pena de 14 anos por homicídio duplamente qualificado em um júri popular, que aconteceu em novembro de 2016, quatro anos após o homicídio de Deise.
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Outros quatro homens também foram condenados pelas ações no crime, incluindo líderes de um grupo criminoso que atua no Estado dentro do sistema prisional catarinense.
Segundo detalhes do processo, eles teriam dado a ordem para que o foragido matasse o então diretor da unidade prisional de São Pedro de Alcântara, Carlos Antônio Gonçalves Alves. O alvo, porém, foi outro.
Relembre o crime
No dia 26 de outubro de 2012, por volta das 21h, Deise foi morta no Beco João Fernando Pereira, no Bairro Roçado, em São José. Em uma emboscada, o criminoso esperava a mulher com uma arma, mas, na verdade, ele queria matar o marido dela.
Carlos Alves, quando era diretor do presídio, mudou alguns mecanismos em São Pedro de Alcântara e os líderes das facções criminosas não gostaram. Ao que tudo indica, a morte do diretor seria mais um atentado em Santa Catarina, como represálida dos bandidos. Mais de cem atentados em cerca de 30 cidades foram registrados em uma onda de criminalidade no Estado naquele ano.
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Porém, a esposa Deise morreu no lugar do diretor. Em outubro de 2012, quando a agente prisional chegava em casa, o foragido acertou um disparo na parte traseira do carro, mas não atingiu a vítima. Ela, então, saiu do veículo e lhe conferiu um tiro na perna. Em bala trocada, o criminoso matou a mulher com três tiros no tórax. Ela foi levada ao Hospital Celso Ramos, mas não resistiu aos ferimentos. Os bandidos fugiram em um Fiesta.
O julgamento do caso ocorreu quatro anos depois em um júri popular. Os mandantes tiveram penas maiores, de até 22 anos de prisão. O foragido, que doi designado para matar a vítima, recebeu pena de 14 anos por homicídio duplamente qualificado.
*Sob supervisão de Vinícius Dias
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