Rafael de Brito, o Shrek, único foragido pela morte da agente penitenciária Deise Alves, ganhou a liberdade um mês antes do assassinato.

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Ele deixou a prisão pela porta da frente, com autorização judicial de saída temporária, mas não retornou à Colônia Penal Agrícola de Palhoça, na Grande Florianópolis, onde cumpria pena.

A Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic) está à procura do criminoso que, assim como os outros 11 indiciados pelo assassinato, teve prisão preventiva decretada.

As pistas indicam que ele pode estar em Santa Catarina e não em São Paulo, como teria se cogitado desde a data do crime, em 26 de outubro do ano passado.

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A trajetória de Shrek simboliza um dos grandes problemas na criminalidade: a reincidência.

O processo de execução da pena dele, disponível no site do Tribunal de Justiça, revela que o criminoso cumpria condenação de 12 anos de prisão por crimes, entre hediondo e comuns.

Em 24 de outubro, dois dias antes de Deise ser morta, consta um comunicado à Justiça de São José sobre a evasão de Shrek, ou seja, não retornou à cadeia após a autorização de saída temporária de sete dias.

A última data antes do crime que permitia a sua saída era 24 de setembro, cerca de um mês antes de Deise ser morta.

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Na decisão judicial a respeito, a que o DC teve acesso, ele teve direito ao regime semiaberto e por isso foi transferido para a Colônia Penal Agrícola de Palhoça.

Em seguida, ganhou o benefício da saída temporária porque apresentava bom comportamento e havia cumprido o tempo necessário exigido. Todas medidas previstas pela legislação.

De acordo com a Deic, Shrek estava com outros dois homens no local da execução da agente: Marciano Carvalho, que teria atirado em Deise, e Oldemar da Silva, o Mancha, ambos presos.

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O grupo teria sido ordenado pela facção criminosa Primeiro Grupo Catarinense a executar o então diretor da Penitenciária de São Pedro de Alcântara, Carlos Alves, mas acabou matando Deise, que era a sua mulher.

O diretor do Departamento de Administração Prisional (Deap), Leandro Lima, garante que o Estado tem um dos menores índices de evasão de presos do Brasil, o que não foi suficiente para evitar que Shrek não retornasse à prisão.

– Estamos muito satisfeitos com o trabalho da Deic e acredito na Justiça – comentou o diretor, sobre a elucidação da morte da agente.

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181 – Disque Denúncia da Polícia Civil

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