O estelionatário foragido, Nelson Baptista de Souza Júnior, foi preso na tarde desta sexta-feira pela Polícia Civil de Florianópolis. Ele foi encontrado no Centro da Capital em uma casa de massagem, da qual é proprietário. Baptista é suspeito do crime de favorecimento da prostituição das funcionárias do estabelecimento. A Polícia também investiga a existência de câmeras escondidas no local onde ocorriam os programas.

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Em 2002, Baptista foi preso em Joinville por utilizar cheques sem fundo para comprar aparelhos eletrônicos e revendê-los por um preço mais barato. Naquela época, ele foi pego em flagrante tentando vender uma televisão por R$1.600, além de utilizar seu primeiro nome falso: Ahlex Mounssef. Ao ser encontrado pela Polícia Federal de Joinville, agrediu os investigadores e foi encaminhado temporariamente para o presídio de Joinville. Ele se defendeu dizendo que mantinha um relacionamento amoroso com a mulher para quem estava vendendo a TV. Preso pelos crimes de desobediência, resistência, receptação e estelionato, foi transferido para um presídio de São Paulo, e lá ficou até conseguir fugir para Florianópolis.

Ao chegar na Ilha, em 2010, Nelson Baptista de Souza Júnior mudou de nome mais uma vez. Agora, queria ser Yuri Chede. De acordo com a polícia, também fez uma plástica no nariz e no rosto. Montou uma casa de massagem na Avenida Osmar Cunha, que logo começou a ser frequentada pela alta sociedade da cidade. Segundo depoimentos das funcionárias, ele aliciava as meninas a masturbar os clientes. Cada sessão de massagem (com o complemento sexual) custava de R$150,00 a R$200,00.

Sobre todas as acusações, Baptista negou. Inclusive sobre a denúncia de gravar os atos sexuais das funcionárias com os clientes.

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– Se nimguém tiver provas, eu não pratiquei os delitos. Não quero falar mais, porque faço parte de uma empresa grande e não quero envolver ninguém nesta história. – se defendeu o acusado.

Baptista se casou em Florianópolis, e sua esposa acompanhou todo o caso. Ela também será investigada. Segundo o delegado da 1ª Delegacia da Polícia Civil, Alexandre Carvalho, foram apreendidos dois notebooks na casa de massagem e foram encaminhados para a perícia. Por lá, também foi apreendida uma máquina de cartão de débito, no qual o registro estava como “casa de informática revendedora de notebooks”. Umas das massagistas também confirmou a versão de que as sessões seriam filmadas. As massagens eram anunciadas em conhecido site de prostituição, o Acompanhantes Florianópolis, com a descrição “Massagem X Sensualidade”.