O presidente que repete de forma exaustiva que está colocando o Brasil nos trilhos está fora dos trilhos do interesse nacional e do povo. Ao contrário do que tenta passar, através do marketing oficial, de que o país está no caminho certo, as pesquisas de opinião desmentem o que afirma. A última, divulgada na terça-feira, dia 25, pelo Instituto Ipsos, mostra que 94% dos brasileiros desaprovam o governo de Michel Temer. Além disto, 85% das pessoas consideram sua gestão “péssima” ou “ruim”.
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A administração do atual presidente, fruto de um manipulado impeachment, parece que só tem mesmo a aprovação dos deputados federais e senadores que vêm votando matérias do Executivo prejudiciais aos brasileiros. A mais recente delas, a “reforma” trabalhista, favorece apenas os grandes grupos empresariais e precariza ainda mais as condições de vida e de trabalho da maioria da população. A pretendida “reforma” da Previdência vai no mesmo sentido.
O cambaleante trem da “ordem e progresso”, lema da República, segue como se nada de anormal estivesse acontecendo. Os trilhos já estão carcomidos e, se não houver mudança de rota, vislumbra-se o precipício, uma vez que o Brasil está mergulhado numa crise econômica, política, social e ética sem precedentes na história recente do país.
As ações realizadas e as pretendidas por Michel Temer não apontam outro cenário, senão o agravamento da atual situação, com a manutenção ou até o aumento do índice de desemprego, queda na renda dos brasileiros e redução na arrecadação de impostos. Fatores que impactam negativamente na qualidade de vida e que reduzem a capacidade do país de sair do atoleiro em que se encontra.
Muito longe de colocar, de fato, o Brasil nos trilhos, o presidente Michel Temer usa de todos os artifícios, sem nenhum escrúpulo, para comprar a sua “inocência” à véspera da votação da denúncia por corrupção passiva na Câmara dos Deputados, marcada para o dia 2 de agosto.
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*Dinovaldo Gilioli é escritor em Florianópolis
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