Se em campo o meia Marquinhos incomoda e não é dos mais benquistos por colegas de profissão e torcedores rivais, fora dele o galego natural de Biguaçu, na Grande Florianópolis, se transforma. Nas reuniões familiares, queixas e reclamações dão lugar a brincadeiras de todos os tipos.

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– A casa fica mais alegre e todo mundo faz festa quando ele apronta alguma. Só o pai que não gosta muito, pois é o principal alvo das piadas de Marquinhos – brinca Ivonete Santos, a mãe coruja.

O moleque de cabelos loiros que saiu de casa para realizar o sonho de ser jogador de futebol decidiu voltar à Capital para reencontrar amigos de infância, ficar mais perto dos pais e criar os filhos no mesmo lugar em que aprendeu a dar valor às coisas simples da vida.

Amigo que não esquece as origens

Orgulho da família, o menino que treinava na Ressacada escondido do pai, seu Luís, cresceu, passou por grandes clubes, mas não deixou a simplicidade de lado.

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– Desde pequeno ele tinha grandes ambições, mas valorizava as coisas mais simples – diz João Gualberto Mesquita, primeiro técnico e mentor do craque, que em 2010 foi até Santos e ganhou de presente um encontro com Robinho, Neymar, Ganso e companhia, parceiros de time de Marquinhos na época.

Mesmo depois da fama, os melhores amigos são os mesmos que jogavam bola há 20 anos no campo de barro da Serraria, em Biguaçu. E eles ainda recebem atenção especial.

– Me sinto especial mesmo quando reúno os amigos leais para jogar baralho, sinuca ou colocar a conversa em dia – explica o galego, que, aos 32 anos, encontra nos pequenos detalhes, como andar descalço e sem camisa no jardim de casa, motivação para fazer o que mais gosta na cidade que escolheu para ver os filhos crescerem.

Paizão

M10 se considera um pai coruja e, mesmo em meio à agenda cheia de compromissos, tem o “dever sagrado” de reservar algumas horas por semana para passear com a esposa Jaqueline e os filhos Marcus Vinícius, 12 anos, e Luiza Helena, 3. O programa predileto é andar de bicicleta com os herdeiros.

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– Ele gosta de tranquilidade, se deixar, não sai de casa. Às vezes temos que brigar para levá-lo a um restaurante – revela Jaqueline.