Duas pessoas feridas, um torcedor preso, carros chutados, dois ônibus apedrejados, confrontos na saída de Joinville e na BR-101, em Barra Velha. Fora do estádio, o clássico entre JEC e Avaí, no sábado, deixou uma goleada de fatos negativos. O pior deles ocorreu na noite de sábado, no km 85 da BR-101, depois do posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF), em Barra Velha.

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Um grupo de torcedores do Joinville teria parado os dois ônibus que levavam os integrantes da torcida Mancha Azul de volta a Florianópolis. Com pedras e pedaços de pau, os torcedores se enfrentaram por cerca de meia hora no acostamento da rodovia.

Segundo a Polícia Militar, o acordo entre as equipes era de que a torcida do Avaí seria escoltada até a praça de pedágio de Araquari. Os policiais rodoviários e militares que atenderam à ocorrência não conseguiram identificar ou deter os torcedores do JEC que teriam feito a emboscada. Dois torcedores do Avaí tiveram que ser medicados.

Até o domingo à tarde, nenhum boletim de ocorrência havia sido feito pelas vítimas. A Polícia Civil desconfia que o grupo combinou a briga, já que os ônibus, que deveriam seguir viagem, parassem no acostamento da rodovia para que os torcedores começassem a briga.

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Segundo a PM, um tumulto chegou a ser impedido no bairro Anita Garibaldi, ainda em Joinville, logo depois da partida. Um grupo teria atirado pedras nos ônibus na saída para a BR-101. Como a polícia estava escoltando o grupo, não houve confronto. A Polícia Civil espera pela manifestação formal da torcida Mancha Azul para iniciar uma investigação.

Não é a primeira briga

Em fevereiro deste ano, cerca de 100 torcedores do Avaí tentaram invadir a área social da Ressacada após a derrota para o JEC. Houve confronto, mas ninguém precisou ser atendido. Em setembro de 2012, o palco da briga foi o estacionamento da Arena Joinville, antes da partida. Em março de 2011, quatro torcedores do Joinville e seis do

Avaí foram punidos por causa da briga entre as torcidas organizadas em que dez pessoas ficaram feridas e um sargento da PM teve traumatismo craniano. O caso mais grave ocorreu em 2006, quando o adolescente Júlio César Ganzer da Cruz, torcedor do Joinville, morreu depois de ser atingido na cabeça por uma pedrada, quando retornava pela BR-101 depois de um clássico, na Capital.

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Prisão

Antes de o jogo começar, outra situação deu trabalho à Polícia Militar de Joinville _ desta vez, envolvendo apenas integrantes da torcida do JEC. Um grupo com cerca de 100 torcedores, acompanhados por uma guarnição da Agencia de inteligência da Polícia Militar, saiu do Terminal Central rumo à Arena Joinville. No caminho, bloqueou o trânsito e começou a bater nos carros.

Quando a PM tentou intervir, parte dos torcedores chegou a revidar com paus e pedras. Um dos torcedores foi detido e vai responder a um processo de acordo com o artigo 41 do Estatuto do Torcedor, que prevê até quatro meses longe dos estádios por promover tumulto, praticar ou incitar a violência.