O Grêmio não conseguiu igualar-se ao Atlético-MG em pontos e superá-lo no número de vitórias neste domingo, no Estádio Independência, em Belo Horizonte, como pretendia. Mas não vê motivos para queixar-se do empate sem gols. Numa atuação marcada por extrema aplicação, superou o ambiente totalmente favorável ao adversário e ainda teve chances claras de marcar. Segue na terceira colocação, cada vez mais dentro do G-3. Nesta segunda-feira, viaja a Guayaqyuil, para o jogo contra o Barcelona, pela Copa Sul-Americana.

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O efeito caldeirão anunciado por Vanderlei Luxemburgo durante a semana em Atibaia se confirmou. Mesmo sem ocupar todos os lugares do Estádio Independência, a torcida do Atlético-MG fez o que lhe coube para empurrar seu time à frente. Antes do jogo, em solidariedade a Ronaldinho, exibiu um painel que exibia a imagem do jogador beijando sua mãe Miguelina, em recuperação de doença. Com a partida em andamento, os gritos e cantos de apoio ao time, ao som de tambores, serviram de permanente pressão. O barulho era tão grande que os jogadores precisavam ficar colados uns aos outos para conversar. E sequer ouviam os recados de Luxemburgo, na beira do campo.

Confira as imagens do empate em 0 a 0 entre Grêmio e Atlético-MG

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Nesse ritmo, o Atlético-MG tentou dar velocidade ao jogo. Mas quase sofreu um gol aos três minutos. Moreno cruzou da direita e Kleber, no ar, chutou prensado contra Leonardo Silva. A resposta veio de imediato, por Carlos César, que aproximou-se da área e chutou perto da trave direita. Aos oito minutos, Marcelo Grohe fez boa defesa em chute de Leandro Donizetti.

Pequeno, o gramado permitia um jogo em ritmo acelerado. A cada instante, a bola era jogada na direção das duas áreas. Grohe foi importante de novo a 10 minutos. Ronaldinho investiu pelo meio e abriu para o chute de Guilherme, defendido pelo goleiro do Grêmio.

Só a sorte salvou o Grêmio a 23 minutos, no chute de Carlos César, que acertou o travessão. Pressionado, o Grêmio tinha dificuldades para manter a bola no campo do Atlético-MG. Mas quase marcou a 42 minutos, por Elano, cuja cobrança de falta também atingiu o travessão.

Foi possível perceber um pouco mais de ousadia por parte do Grêmio na segunda etapa. A marcação, mais adiantada, reduzia a frequência dos ataques do Atlético-MG. Cuca percebeu a dificuldade e apostou na velocidade de Neto Berola, retirando Guilherme, em substituição que mereceu vaias da torcida.

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Nervoso, o Atlético-MG descuidou-se marcar. A 21 minutos, Zé Roberto teve liberdade, mas demorou demais a chutar e foi desarmado. Pior, só o que Marcelo Moreno fez a 22 minutos. Pará tirou a bola de Richarlyson e fez passe rasteiro ao centroavante que, livre, chutou rasteiro, para fora, com Victor já vencido.

No desespero, Cuca tentou mais duas alterações, uma delas o argentino Escudero. Bem organizado, o Grêmio resistia com retenção de bola, troca de passes e eficiente ocupação de espaços.Os minutos finais foram de uma pressão desorganizada do Atlético-MG. O Grêmio revelou maturidade para segurar o jogo. E até lamentou as chances desperdiçadas.

– Tivemos as melhores oportunidades no segundo tempo – comentou Werley.

BRASILEIRÃO, 26 RODADA, 23/9/2012

ATLÉTICO-MG

Victor;Carlos César (Serginho, 28’/2°), Leonardo Silva, Réver e Richarlyson;Pierre, Leandro Donizetti, Guilherme (Neto Berola, 14’/2º), Ronaldinho e Bernard; Leonardo (Escudero, 30’/2°). Técnico:Cuca

GRÊMIO

Marcelo Grohe; Pará, Werley, Gilberto Silva, Pico; Fernando, Souza, Zé Roberto (Marquinhos, 34’/2°), Elano (Léo Gago, 34’/2°);Kleber (André Lima, 39/2º) e Marcelo Moreno.Técnico: Vanderlei Luxemburgo

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Cartões amarelos: Zé Roberto, Elano, Kleber, Marcelo Moreno (G), Leonardo Silva, Bernard, Neto Berola (A)

Arbitragem: Heber Roberto Lopes (Fifa/PR), auxiliado por Marcelo Van Gasse (SP) e Fabrício Vilarinho da Silva (GO).

Renda: R$ 688.515,00

Público: 19.668

Local: Esádio Independência, em Belo Horizonte

PRÓXIMO JOGO – COPA SUL-AMERICANA

QUARTA-FEIRA, 26/9/2012, 22H

BARCELONA-EQU X GRÊMIO

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