Quem pretende ir ao GP de Fórmula 1 no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, neste fim de semana, deve colocar na mala um protetor auricular. O ronco dos motores pode chegar a 120 decibeis (dB), enquanto o limite seguro recomendado pelos especialistas é de 85 dB.
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Quando a quantidade aconselhada é ultrapassada, há risco de perda auditiva. A intensidade do problema vai depender do volume do som, do tempo de exposição e da sensibilidade de cada indivíduo.
Segundo a fonoaudióloga Maria do Carmo Branco, o principal dano é nas estruturas do ouvido interno, como a cóclea, uma estrutura parecida com um caracol, cuja função é a percepção do som.
– Se o indivíduo já tem predisposição a desenvolver um problema ou se, no dia a dia, está exposto ao ruído intenso de forma constante, ele terá maior probabilidade de desenvolver uma perda auditiva e, portanto, deve ser ainda mais cauteloso – explica a especialista.
Sensação de pressão nos ouvidos, zumbido, dificuldade para ouvir, tontura, irritabilidade, sensação de ouvido tampado, pressão e estalos são alguns dos sintomas. Caso sejam identificados, Maria do Carmo recomenda procurar um médico otorrinolaringologista para avaliação, que pode fazer o exame audiométrico, e, se necessário, iniciar o tratamento.
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– Em casos extremos, a solução é o uso de um aparelho, já que grande parte das perdas é irreversível – complementa.