O Comandante da Polícia Militar, coronel Nazareno Marcineiro, afirma que a tropa vai para rua proteger os manifestantes que exercem o direito cidadão de liberdade de se expressar. Ele acrescenta que se a passeata se dirigir a ponte a PM não vai intervir. Só não será aceito vandalismo e prática de crimes.
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Diário Catarinense – Por que a PM permitiu que as pontes fossem ocupadas sem intervenção?
Nazareno Marcineiro – Fomos para a rua para proteger as pessoas. Acompanhamos todo o trajeto, fechávamos o trânsito para evitar qualquer tipo de acidente. Eles puderam escolher o caminho e estávamos juntos para proteger.
DC – O que explica este posicionamento?
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Marcineiro – Nós temos um quadro totalmente atípico. O povo foi para as ruas se manifestar no exercício do seu direito de livre manifestação. Isto está acontecendo no Brasil todo e em decorrência disso tudo, mais as posturas que a gente ouve dos dirigentes públicos no sentido de valorizar o movimento, a Polícia Militar está neste contexto do Brasil.
DC – A orientação está mantida para o protesto desta quinta? Se quiserem fechar a ponte, vão poder?
Marcineiro – A orientação é a mesma. Garantir que as pessoas exercitem seu direito e a gente vai para proteger. Não se justifica postura de repressão sem que haja justificativa plausível.
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DC – Qual o limite destas manifestações para não haver depredações?
Marcineiro – O limite vai ser definido pelo cumprimento das leis. A PM vai intervir de forma ativa se por ventura crimes estiverem acontecendo. Se a manifestação tiver alguém com intenção da prática de crimes ou violência a polícia vai atuar.
DC – A estratégia foi definida em conjunto com lideranças políticas?
Marcineiro – O tempo todo conversamos com autoridades que tem envolvimento. O secretário de Segurança (César Grubba), governador Raimundo Colombo, prefeito (Cesar Souza Junior), presidente da Assembleia Legislativa (Joares Ponticelli). Todas as autoridades estão participando porque há impacto sobre a vida de todo mundo.
DC – Em caso de problemas, de quem partirá a autorização para uso da força?
Marcineiro – Nós trabalhamos sobre ordens. Qualquer ação na linha de frente ou teve ordem direta ou desvio de conduta de alguém. Eu não abro mão da minha condição de comandante e quando determino alguma coisa leva em consideração múltiplas variáveis. Seja meu staff, a opinião de quem tem responsabilidade sobre o Estado, como o governador e o secretário (de Segurança Pública).
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