O estado de saúde dos quatro sobreviventes do trágico acidente com o avião da Chapecoense que vitimou 71 pessoas em Rionegro, na Colômbia, foi atualizado pelos dois médicos brasileiros que estão em Medellín acompanhando de perto a evolução de todos os internados no Hospital San Vicente.

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Em uma coletiva de imprensa, ao lado do diretor do hospital colombiano, Ferney Rodríguez, o médico intensivista Edson Stakonski e o ortopedista Marcos André Sonagli, ambos da Chapecoense, esclareceram a situação dos jogadores Alan Ruschel, Neto, Jackson Follmann e do jornalista Rafael Henzel.

Dos quatro, Neto é o que mais preocupa. Os três médicos ressaltaram que a evolução do zagueiro é mais lenta, mas que seu estado clínico não apresentou regressão. O atleta tem sua situação pulmonar muito delicada.

— Neto é quem mais preocupa. Está sedado, entubado, continua em situação muito crítica, com respiração mecânica e algumas questões pendentes, em cuidado intensivo, com relaxamento muscular, vamos ver como evolui nas próximas 12 a 24 horas — disse Stakonski — Todos eles correm risco de ter infecção, pneumonia. Um dos maiores receios em UTI é infecção. Por isso precisamos ter cautela — completou.

Ruschel, Follmann e Henzel estão evoluindo bem, conscientes e conversam muito com os familiares, segundo os médicos.

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— Só de três deles terem a possibilidade de saírem do leito, já é um grande sinal. Os três estão quase se sentando, é uma grande evolução — declarou o médico.

— Tirá-los da cama é uma evolução bastante importante. Ajuda na fisioterapia e recuperação — disse Sonagli.

Sobre a amputação do goleiro Follmann, os médicos afirmaram que uma avaliação nas feridas será feita e que não há uma previsão de nova cirurgia.

— Follmann está bem, estável, evolui bem. Vai fazer revisão das feridas operatórias nas próximas horas — disse Rodríguez.

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— Hoje ou amanhã vamos fazer uma limpeza das feridas do Jackson. Não há previsão de aumentar a amputação. Pra cicatrizar melhor e ter um bom prognóstico futuro — completou Sonagli.

*ZHESPORTES