O presidente da Federação Catarinense dos Municípios (Fecam) e prefeito de Major Vieira, Orildo Severgnini, demonstrou surpresa com o decreto do governo do Estado que define novas restrições no enfrentamento ao coronavírus. Em entrevista ao Notícia na Manhã deste sábado, Severgnini afirmou que os prefeitos não foram consultados sobre as medidas.

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– Pra ser honesto, foi uma grande surpresa. Estou recebendo telefonemas de prefeitos desde as 6h da manhã e ficamos ontem até a meia-noite, querendo entender a atitude do governo. O governo fica fora de processo praticamente por 60 dias, e, de repente, vem com esse manifesto, que deve ser respeitado, não tenha dúvida, mas sem consultar absolutamente ninguém – declarou.

O decreto do governador Carlos Moisés da Silva, publicado no Diário Oficial do Estado nessa sexta-feira (18), se aplica a 111 municípios, das regiões consideradas em estado gravíssimo para o coronavírus, de acordo com o mapa de risco da secretaria de saúde.

Desta forma, está proibido a partir da próxima segunda-feira (20) transporte coletivo municipal e intermunicipal. Além disso, o decreto mantém suspensas até 7 de setembro as atividades de ensino em todo estado. A permanência em parques, praças e praias também está proibida a partir deste sábado (20). As medidas têm validade de 14 dias.

Ouça entrevista:

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– A federação não foi consultada, os prefeitos não foram consultados. É muito difícil o contato com a secretaria e saúde, eles são muito fechados. Essa é a grande reclamação dos municípios, nós precisaríamos uma abertura maior, um diálogo maior e uma efetividade das ações do governo, que é a infraestrutura para os municípios mais rápida. Entre a conversa e a ação, demora muito. As decisões, entre a fala e a realidade, são muito distantes – afirmou Severgnini.

– Parceiro não faz isso com parceiro. O objetivo da federação, do governo e de todos os segmentos da sociedade, dos médicos é a saúde povo catarinense – declarou.