Jérémie Beyou nasceu para o mar. Apaixonado pela vela desde a infância, aos 36 anos ele é reconhecido como um dos mais talentosos velejadores da França – não à toa, carrega o título de vencedor da última Regata Jacques Vabre na categoria Imoca, a mais disputada da prova, na companhia de Jean-Pierre Dick. Beyou, que deixou no final do ano a Regata Vendée Globe, já começou os treinos para a próxima edição.

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Em entrevista exclusiva para O Sol Diário, direto da França, o velejador fala sobre a relação que tem com o esporte e a expectativa de chegar a Itajaí – de preferência, em primeiro lugar.

Esta será a primeira vez no Brasil com a Jacques Vabre?

Não, em 2003 eu cheguei a Recife. Venci a última edição da regata, em 2011, e espero repetir os resultados. Mas esta vez vai ser diferente. A regata será um pouco mais longa, e acho que talvez tenhamos trechos com menos vento. Não serei surpreendido porque, quando se navega os mares de todo o mundo, já se sabe o que esperar no Atlântico Sul. Mas teremos que fazer as escolhas corretas.

Como você se prepara para a Jacques Vabre?

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Praticamente nunca paro de velejar. Desde que saí da Vendée Globe, comecei a me preparar. Desta vez temos um novo destino em Itajaí, que ainda não conheço e teremos que fazer alguns estudos em relação a isso. Talvez o pessoal do Groupama nos ajude com isso. Temos um barco pronto, e vamos passar a treinar com ele esta semana.

Como foi sua história com a vela?

Comecei aos sete anos, meu pai era velejador também. Passei a competir em Optimist, e sempre fui muito interessado em velejar. Para se fazer uma regata é preciso gostar do oceano, de ficar isolado. Mas também tem que saber ir rápido, ter uma boa estratégia.

A passagem da Volvo Ocean Race por Itajaí arrebatou uma multidão. Espera que o mesmo ocorra com a chegada da Jacques Vabre?

Acompanhamos a Volvo e vimos todas as pessoas lá. Estou na expectativa para saber como será quando chegarmos. Recebemos boas referências com o pessoal da Volvo, de que é um bom lugar para se visitar. Penso que foi uma boa ideia a regata ter voltado para o Brasil, após ter feito as últimas paradas na Costa Rica.

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