Funcionários das empresas de ônibus que que tiveram seus veículos atingidos na madrugada e manhã desta sexta-feira contam que o susto foi grande, mas por sorte ninguém se feriu. Wilson Rosa, motorista da Biguaçu, teve o carro acertado por volta das 6h15, próximo a Marinha, no Estreito.

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O motorista Djonath Resende e o cobrador Ricardo Alexandre de Souza fazem todos os dias o trajeto da garagem da empresa Estrela, em Capoeiras, até o bairro Potecas, em São José, onde fazem a primeira linha até o Centro da Capital. Por volta das 4h030min desta madrugada, o coletivo foi atingido por um objeto no vidro lateral, no espaço reservado para cadeirantes. Djonath conta como foi:

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Hora de SC: Onde e como foi o apedrejamento?

Djonath Resende: Eu estava passando ali pelo viaduto da Chico Mendes, na Via Expressa, era umas 4h30 da manhã quando ouvimos o barulho e levamos um susto. Olhei pelos espelhos para ver se não tinha batido em nada, e andei mais um pouco quando o vidro quebrou. Como estava escuro não conseguimos ver de onde veio a pedra. Foi bem no local reservado para os cadeirantes. Logo depois liguei para empresa que mandou outro ônibus, pois a gente sabe que a linha das 5h vem sempre cheia. Ainda bem que estava vazio na hora, senão com certeza iria pegar em alguém.

Hora de SC: Foi encontrado o objeto atirado?

Djonath Resende: A gente procurou, mas não achou nada dentro do ônibus. Não deve ter entrado, porque o vidro só estilhaçou uns minutos depois. Só quando chegamos no Ticen e soubemos que tinha acontecido com outros ônibus que pensamos que deve ter sido uma pedra ou bolinha de vidro.

Hora de SC: Já tinha passado por algo assim?

Eu trabalho há 13 anos na empresa, quatro como motorista. Nunca passei por isso, mas é complicado. A gente sabe que quando vai trabalhar está exposto a tudo. O vidro fica sempre aberto, fico pensando que poderia ter pego em mim.

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Locais aproximados dos apedrejamentos

Caso parecido com 2013

Em julho de 2013, 14 ônibus das empresas Transol e Canasvieiras foram atingidos na SC-401, próximo ao Floripa Shopping. Os veículos eram atingidos nos vidros laterais sempre do lado esquerdo.

Assim como em 2014, esses atos ocorreram de madrugada, pouco menos de um mês depois de paralisações do transporte público. No ano passado ainda houve protestos contra um possível aumento de tarifa. Ninguém descobriu os autores dos atos daquele ano.