“Foi esclarecedor”, diz delegado sobre depoimento de mulher pivô da briga que resultou em morte em Florianópolis

– Foi esclarecedor em muitos pontos, mas eu não posso explicar quais porque precisaria de muito tempo, é uma história muito complicada.

Assim, entre a clareza e o mistério, o delegado de homicídios da Capital, Ênio de Oliveira Matos, definiu o depoimento da mulher que seria o pivô de um homicídio ocorrido na noite de sábado para domingo no bairro Estreito, em Florianópolis. Douglas Zaniolo, 62 anos, foi morto com um soco na cabeça.

O delegado diz ter ouvido a mulher nesta terça-feira, 25. Não revelou quanto tempo durou o depoimento, mas garante que “as circunstâncias do crime agora estão muito mais claras.”

– Mas é uma história muito complicada – repetia.

Ênio não pôde esclarecer à reportagem, por exemplo, quem teria ido ao encontro de quem: se a vítima procurou o agressor ou vice-versa. Também não está claro o que os dois faziam na avenida Eurico Gaspar Dutra àquela hora da noite – era por volta de 0h30min de domingo quando o crime aconteceu.

O delegado afirma apenas que a ex-mulher de Zaniolo não estava no local na hora do crime. Ainda de acordo com a Polícia Civil, o suspeito não confessou o crime. Mesmo assim, segue preso após o flagrante.

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Laudo pronto em 30 dias

O laudo que dará mais detalhes sobre a causa da morte ainda não está concluído. O prazo é de 30 dias.

– Solicitamos uma análise laboratorial do pulmão para ter mais detalhes, porque não se pode chegar a nenhuma conclusão ainda – explica o gerente de Medicina Legal do Instituto Médico Legal (IML) de Florianópolis, Marcos Aurélio Lima, que dá brecha para possibilidade de a vítima ter sido sufocada devido ao exame solicitado.

Passional

As primeiras informações indicam que a briga teria começado por motivos passionais. Isso porque o agressor mantinha uma relação amorosa com a ex-mulher da vítima, sendo o ciúme a possível causa do desentendimento entre os dois.

A polícia chegou ao local do crime após ser acionada por uma testemunha que presenciou o acontecimento.

A defesa

A Hora não teve acesso ao suspeito nem ao nome do advogado dele, que não foi informado pela Polícia Civil.