A vitória mais do que apertada de Elizeu Mattos em Lages fez com que o PMDB voltasse a eleger um prefeito na maior cidade da Serra Catarinense depois de três décadas. O último trunfo havia sido com Dirceu Carneiro, que levou a melhor no pleito
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de 1977.
A diferença de 1.302 votos sobre Antônio Ceron pode ter significado ainda um abalo, por menor que seja, no prestígio do governador Raimundo Colombo, que apoiava o candidato derrotado e sentiu o gosto da derrota em seu próprio reduto eleitoral.
Porém, como o PMDB e Colombo caminham de mãos dadas pela mesma estrada, a tendência é que um possível desgaste em Lages não chegue a acontecer de maneira preocupante.
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O equilíbrio entre Mattos e Ceron nas urnas surpreendeu toda a a cidade. A cúpula do PMDB previa uma largada mais forte pelo candidato do PSD por causa da votação da região central da cidade, onde Ceron tinha mais simpatia do eleitorado, e que forneceriam os primeiros números da apuração.
Essa situação se confirmou, mas acabou sofrendo uma virada na metade da contagem. Quando a apuração chegou a pouco mais de 50% dos votos válidos, Elizeu assumiu a liderança e não a perdeu mais. Quando a diferença atingiu mais de mil votos, a festa da vitória começou de forma moderada na casa do candidato no bairro São Cristóvão.
Mattos só se “rendeu à alegria” quando faltava uma única a ser contabilizada, mas que já não impediria de realizar o sonho de se tornar prefeito de Lages.
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– Foi a vitória do povo contra os “tubarões do poder” – disse Elizeu.