Lugares onde há focos do mosquito Aedes aegypti podem ser multados em até R$ 500 mil em Florianópolis. Na manhã desta quarta-feira (13), a prefeitura iniciou uma operação para mobilizar moradores em lugares onde há grande risco de transmissão, principalmente, da dengue.
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Segundo a Vigilância em Saúde, todos os proprietários que são alvos de intervenções, respondem um processo administrativo e recebem multas por conta do risco de proliferação do mosquito que, além da dengue, também causa zika vírus e chikungunya.
Os valores são calculados de acordo com a gravidade da infração, antecedentes do infrator e a capacidade econômica do proprietário do imóvel. A multa pode variar de R$ 120 a R$ 500 mil, segundo a Vigilância.
Já no caso de terrenos baldios, a multa aplicada varia de R$ 500 ou até três salários mínimos, variando de acordo com a gravidade, segundo o decreto municipal de situação de emergência, publicado nesta terça-feira (12).
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Criadouro em piscina
Durante toda esta quarta-feira, a Prefeitura atuou na limpeza de uma piscina que seria um criadouro de larvas do mosquito da dengue. O ambiente estava em uma casa abandonada, localizada na região do Itacorubi. O bairro é o que lidera a lista de casos confirmados na Capital: 177 infectados só em 2022.
Ao todo, quatro amostras foram recolhidas com pelo menos 10 larvas do mosquito. A expectativa é de que o resultado da análise fique pronta nos próximos dias.
O dono da propriedade também irá responder um processo administrativo por conta da situação no local.
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Capital tem mais de 3 mil focos
Na terça-feira (12), o município decretou situação de emergência após o registro de 3,5 mil focos do mosquito. A região mais afetada é o Itacorubi (161), seguido de Agronômica (32), Córrego Grande (14) e Carvoeira (10).
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Ao menos 329 pessoas já foram diagnosticadas com a doença neste ano, na Capital. Além disso, 26 bairros de Florianópolis já tiveram, ao menos, um caso de dengue em 2022.
Segundo o Levantamento de Índice Rápido de Infestação para Aedes aegypti (LIRAa), feito em março, 60% dos focos estão em residências, o que indica alto nível de transmissão da doença na Capital.
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