A Secretaria de Saúde de Itajaí decidiu denunciar ao Ministério Público a situação do pátio de veículos improvisado na Central de Plantão Policial (CPP). O local é foco recorrente do mosquito da dengue e, embora os agentes de endemias façam visitas no local a cada 15 dias, na semana passada foram encontradas novas larvas.
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No ano passado a prefeitura já havia multado a Polícia Civil pelo risco de proliferação do aedes aegypti. As autuações foram encaminhadas à Delegacia Geral, em Florianópolis. Mas, até agora, o problema não foi resolvido.
O delegado regional Ângelo Cintra tenta uma parceria com a prefeitura de Itajaí para que os carros apreendidos em ocorrências policiais possam ir para o mesmo pátio para onde vão os veículos apreendidos por irregularidades administrativas. Esse serviço está em processo licitatório, e a intenção do delegado é que a prefeitura faça a inclusão entre as condicionantes.
O fato é que manter veículos apreendidos não deveria ser uma atribuição exclusiva da Polícia Civil. Quando concluídos os inquéritos, caberia ao judiciário guardá-los até o fim do processo. Em Itajaí a Justiça não o faz alegando que não tem espaço adequado _ problema que se estende por outras cidades da região também.
Na CPP de Itajaí a falta de espaço e de condições apropriadas para manter os veículos tomou proporções maiores porque o espaço fica na confluência de bairros populosos, como São João, São Judas, São Vicente e Cidade Nova, e concentra vários serviços _ portanto, tem grande movimento o dia todo. O que potencializa os riscos.
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Cadê o exemplo?
A CPP não é o único órgão público de Itajaí a ter problemas na prevenção contra a dengue. A sede da Celesc, na Barra do Rio, também já foi multada pela prefeitura mas os problemas de acúmulo de água parada ainda não foram resolvidos.