A Invepar, que venceu a disputa pelo Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, destaca que um operador privado tem mais flexibilidade de estratégia e busca de financiamento. O presidente da empresa, Gustavo Rocha, disse estar confiante no retorno do projeto, apesar da proposta agressiva de R$ 16 bilhões pelo terminal.
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As obras em Guarulhos até a Copa do Mundo, segundo Rocha, vão se concentrar no terminal de passageiros.
– A Infraero está tirando leite de pedra – disse o executivo quando questionado sobre a situação atual dos aeroportos brasileiros.
O executivo destacou que o Grupo Invepar ficou 8 meses trabalhando em sua proposta, que contou com consultores da àustria e Espanha, envolvendo cerca de 100 pessoas. Sobre seu parceiro internacional, a ACSA, da àfrica do Sul, disse que a empresa foi a responsável pela administração dos aeroportos na Copa de 201O.
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IPO
A Invepar pretende abrir seu capital no prazo de 12 a 24 meses, segundo o presidente da empresa, Gustavo Rocha. O presidente da Invepar disse ainda que a proposta da empresa pelo aeroporto de Guarulhos, a mais alta do leilão, foi muito bem avaliada e discutida, com cerca de 100 executivos participando de sua elaboração, incluindo técnicos de seu parceiro internacional, a sul-africana ACSA. O lance oferecido foi de R$ 16,2 bilhões.
Concessão para acelerar obras
Com valores mínimos de R$ 5,4 bilhões e previsão de investimentos de até R$ 16 bilhões, a disputa representa um capítulo inédito nas privatizações brasileiras.
Um dos objetivos da concessão é acelerar a execução das obras necessárias para atender à atual demanda e a prevista para a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.
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Caso os operadores privados não concluam as obras previstas, poderão ser multados em R$ 150 milhões, mais R$ 1,5 milhão por dia de atraso.
Os novos controladores assumem os terminais arrematados seis meses depois da assinatura dos contratos. Nesse intervalo, haverá um período de transição no qual a concessionária vencedora administrará o aeroporto em conjunto com a Infraero.
Nos primeiros anos de concessão, não haverá obras de expansão das pistas. Para evitar fiasco na Copa do Mundo de 2014, o governo determinou, nos contratos de leilão, que seja priorizada a ampliação e modernização dos terminais de passageiros. A adequação das pistas para receber aeronaves maiores e a criação de novos slots (autorizações para novos voos) ficarão para mais tarde.
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Saiba mais sobre os alvos do investimento:
Guarulhos
Aeroporto Internacional Governador André Franco Montoro
Valor do lance: R$ 16,213 bilhões
Preço mínimo: R$ 3,4 bilhões
Prazo de concessão: 20 anos
Investimentos até a Copa do Mundo: R$ 1,38 bilhão
Investimentos totais: R$ 4,6 bilhões
Brasília
Aeroporto Internacional Juscelino Kubistchek
Valor da oferta: R$ 4,501 bilhões
Preço mínimo: R$ 582 milhões
Prazo de concessão: 25 anos
Investimentos até a Copa do Mundo: R$ 626,53 milhões
Investimentos totais: R$ 2,8 bilhões
Campinas
Aeroporto Internacional de Viracopos
Valor da oferta: R$ 3,821 bilhões
Preço mínimo: R$ 1,5 bilhão
Prazo de concessão: 30 anos
Investimentos até a Copa do Mundo: R$ 873,05 milhões
Investimentos totais: R$ 8,7 bilhões