Uma foca-caranguejeira foi encontrada na manhã desta sexta-feira (7) na Praia da Armação, no Sul da Ilha, em Florianópolis. Ela estava na areia da praia com um ferimento na parte dorsal, aparentemente descansando, conforme a Associação R3 Animal, que localizou o animal marinho. No início da tarde, ela atravessou o canal e entrou no mar, na praia do Matadeiro.
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Biólogos e veterinários do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) prestaram atendimento no local. Por se tratar de um animal antártico, o tratado do Comitê Científico para Pesquisas Antárticas (SCAR), órgão do Conselho Internacional Interdisciplinar para Ciência, orienta que ela não seja levada ao Centro de Pesquisa, Reabilitação e Despetrolização de Animais Marinhos (CePRAM).
A R3 Animal explica que caso fosse levada para reabilitação no CePRAM, a foca não poderia ser devolvida à natureza, pois o organismo dos animais antárticos é vulnerável a determinadas doenças que outros animais daqui estão preparados.
"Trazer um animal deste para o CePRAM pode expô-lo a possíveis patologias que ele não esteja acostumado. O contato com outros animais poderia contaminá-lo com algum agente patogênico e colocar em risco a colônia" afirmou por meio de nota.
Não é o primeiro animal desta espécie encontrado na região da Capital.
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Conheça a foca-caranguejeira
Pela ciência, ela é conhecida como Lobodon carcinophagus e costuma se alimentar de crustáceos chamados de krills — pequenos animais invertebrados semelhantes ao camarão.
A foca-caranguejeira vive em colônias na Antártica e utiliza blocos de gelos flutuantes para acasalar ou descansar de acordo com a R3 Animal.

Saiba como agir ao se deparar com um animal marinho
A orientação para quem encontra algum animal marinho, como uma ave, um mamífero ou uma tartaruga marinha, é entrar em contato com o Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) por meio do 0800 642 3341.
O PMP-BS é responsável pelo atendimento veterinário aos animais vivos e por fazer o procedimento de necropsia dos animais encontrados mortos. Em Florianópolis, é executado pela R3 Animal, mas o projeto atua entre a região de Laguna, no Sul de Santa Catarina, até o município de Saquarema (RJ).
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"Caso ela reapareça, é importante que a população mantenha distância e respeite a área de isolamento. Além disso, vale lembrar que estes animais não estão acostumados com a presença humana e, por isso, costumam se assustar com a proximidade das pessoas. Também é importante manter afastados os animais de estimação, como cães", reafirmou a Associação em nota.