O chefe da missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) encarregado de vigiar o saneamento orçamentário da Grécia, Poul Thomsen, reconheceu erros na gestão do assunto e defendeu a priorização das reformas em detrimento do aperto fiscal, em uma entrevista publicada nesta quarta-feira pelo jornal grego Khatimerini.
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– A adaptação orçamentária foi feita de forma exagerada através do aumento dos impostos; deveríamos ter nos concentrado mais na limitação dos gastos. Ainda há muito por fazer, mas a Grécia já avançou muito – disse Thomsen, afirmando compreender o mal-estar dos gregos ante aqueles que os acusam pelo marasmo econômico atual.
Thomsen disse estar “inquieto” ante o agravamento da recessão provocada pelas medidas de rigor, que incluem cortes do gasto público, cortes salariais e altas dos impostos.
– Temos que diminuir um pouco o ritmo do saneamento orçamentário e avançar mais rápido na aplicação das reformas – afirmou.
Thomsen disse ainda que apoia especialmente a redução de salários no setor privado, uma medida que segundo o FMI tornará a economia mais competitiva, mas que, segundo os gregos, poderá comprometer ainda mais o consumo e a atividade.
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