O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, confirmou hoje que a entidade chegou a um princípio de acordo com o Paquistão para conceder empréstimos no valor de US$ 7,6 bilhões em 23 meses. Para que entre em vigor, o pacto deve ser ratificado pelo Conselho Executivo do FMI, que representa os 185 países-membros da organização.
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– A gerência do FMI e as autoridades paquistanesas chegaram a um princípio de acordo sobre os elementos-chave de um programa econômico – disse Strauss-Kahn.
O conselheiro governamental de Finanças, Shaukat Tarin, tinha anunciado previamente o acordo, em entrevista coletiva no Paquistão. Strauss-Kahn afirmou que o programa econômico estipulado tenta resolver as dificuldades “graves” no balanço de pagamentos do país asiático. O diretor-gerente do FMI disse que o objetivo é restabelecer a confiança dos investidores em que serão resolvidos os desequilíbrios macroeconômicos, mediante um endurecimento da política fiscal e monetária.
Além disso, pretende proteger os pobres e preservar a estabilidade com uma rede de seguridade social, disse Strauss-Kahn. Os fundos que o FMI colocará à disposição do Paquistão, se seu Conselho Executivo ratificar o pacto, representa 500% da contribuição do país à entidade. A crise econômica também obrigou Islândia, Hungria e Ucrânia a recorrer ao FMI, que concordou em conceder-lhes créditos muito maiores que sua cota na entidade.
Além disso, Belarus negocia atualmente com o organismo para receber uma injeção de fundos. Strauss-Kahn disse que o acordo anunciado hoje com o Paquistão faz parte de um pacote mais amplo que inclui contribuições de outras instituições multilaterais e bancos regionais de desenvolvimento, mas não deu mais detalhes.
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Gráfico explica a crise: