Com previsão de acréscimo até 4 mil caminhões por dia nos próximos meses para dar vazão à safra de soja, a Superintendência do Porto de Rio Grande tentará evitar blecautes no trânsito da cidade. O tráfego pelo único acesso aos terminais graneleiros (BR-392) é o grande gargalo.

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Com transtornos nos portos de Paranaguá (PR) e Santos (SP), Rio Grande será responsável por mais 1,5 milhão de toneladas de grãos e 34 mil caminhões nas estradas, além dos 350 mil destinados da produção gaúcha. Já são 24 navios em deslocamento para Rio Grande. Estados Unidos e China estão entre os destinos principais.

Além dos três terminais graneleiros, o chamado trecho 4 da BR-392 abriga o distrito industrial de Rio Grande, onde está o Terminal de Contêineres (Tecon) e o polo naval, que abrigam mais de 10 mil funcionários. A primeira das ações será evitar a aglomeração próxima dos horários de entrada e saída dos turnos dos estaleiros.

Caminhões serão impedidos de circular pelo trecho dos terminais e do polo entre 6h e 7h30min e, à tarde, das 17h às 18h30min. Alterações no sentido de acesso aos terminais Termasa/Tergrasa e Bianchini também estão na pauta, além da instalação de um semáforo em frente à Bunge para conversões à esquerda e entrada nos silos sem interromper o fluxo. Cada terminal terá estacionamento próprio, e o porto disponibilizará outras áreas caso os espaços não sejam suficientes. Dos três terminais, apenas a Bunge atenderá por ordem de chegada. Os demais cumprirão os acordos já estabelecidos com os transportadores.

Com capacidade estática de armazenamento para 1,6 milhão de toneladas, os três terminais gaúchos incrementaram a operação. Foram adquiridos novos equipamentos e abertas novas entradas, para acelerar a descarga. Só na Termasa/Tergrasa, os terminais duplicaram a capacidade de atendimento, passando de 600 para 1,2 mil caminhões por dia.

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