Passada a tempestade Sandy, as campanhas começam a tentar recuperar o tempo perdido. A Flórida, um dos principais Estados da Eleição, junto com Ohio, voltou a ser rota de Mitt Romney, que fará hoje três comícios aqui. Um deles, em Coral Gables, perto de Miami, para onde estou me deslocando neste momento. Ao escolher a Flórida, o candidato republicano está mostrando que pensa em ganhar aqui, desequilibrar as pesquisas e dar o troco nos democratas, que, em 2008, deram a eleição a Barack Obama.
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O presidente irá a New Jersey acompanhar os estragos da tempestade. Oficialmente, ele não está em campanha, mas o ato certamente lhe renderá votos. Com Obama afastado do palanque, o vice Joe Biden e o ex-presidente Bill Clinton se encarregam de pedir votos pelo país.
Diante dos estragos causados pelo furacão, Romney está encarando o ônus de uma declaração dada em 2011, nas prévias do Partido Republicano, quando chegou a propor a extinção da Fema, a principal agência federal de defesa civil. Ele disse que, com tamanho déficit público, era “imoral” despejar bilhões de dólares em setores como desastres e socorro “às custas do futuro de nossas crianças”. Sua ideia era transferir para os Estados e para a iniciativa privada operações como essas.
Agora, enquanto Obama falou com todos os governadores de áreas atingidas pela tempestade, Romney está sendo cobrado na TV por suas declarações. Perguntado por jornalistas 14 vezes ontem sobre o assunto, ele simplesmente ignorou.
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