Florianópolis passará a ter em julho uma biblioteca comunitária com acervo exclusivo de autores e autoras negros. O espaço inédito é construído na sede do Centro Cultural Escrava Anastácia (CCEA), no Balneário Estreito, e deve beneficiar diretamente ao menos 230 jovens acolhidos pela entidade.
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Os frequentadores já esperados da biblioteca são hoje atendidos nos programas Rito de Passagem e Jovem Aprendiz, do CCEA, que ajudam jovens prioritariamente negros, com idades entre 14 e 24 anos e de famílias em condições socioeconômicas vulneráveis a estudar e ingressar no mercado de trabalho.
O espaço também estará aberto, no entanto, aos demais interessados da Grande Florianópolis e do restante do estado em consultar o acervo que valoriza a cultura literária negra brasileira.
A construção da biblioteca tem custo estimado em R$ 140 mil e conta com recursos viabilizados pelo Ministério Público do Trabalho de Santa Catairna (MPT-SC), que já repassou R$ 50 mil para uma primeira etapa da obra. Ela envolve a reforma da sala, a construção dos banheiros e lavanderia, e a aquisição do mobiliário, dos acessórios para a recepção, de equipamentos e de estrutura audiovisual.
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A doação foi firmada nesta terça-feira (21), quando é celebrado o Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial. Restarão ainda recursos para completar os custos com a obra física e mais R$ 60 mil que o MPT-SC pretende repassar em breve para a aquisição dos livros que vão encher o espaço.
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