Estamos na contagem regressiva para o Natal e muita gente ainda está atrás dos presentes para os familiares e amigos. O comércio está otimista e, segundo a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Florianópolis, é possível identificar um aumento no volume de vendar de 10% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Na Capital, as lojas chegaram a estender o horário de atendimento para as 22h até domingo (23). Já os shoppings também vão abrir as portas até às 23h.

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Na Capital, os consumidores devem gastar, em média, R$ 721,16, valor bem maior do que a média estadual, que é de R$ 486,80, segundo a Pesquisa de Intenção de Compras para o Natal deste ano feita pela Fecomércio-SC. Vestuário e brinquedos lideram a lista de presentes. Conforme o levantamento, 42,6% das pessoas entrevistas em Florianópolis vão comprar roupas e 25,3%, brinquedos.

A faxineira Rosane da Silva, de 57 anos, diz que os tempos são de vacas magras e apenas os netos vão ganhar presentes neste ano. O pequeno Luís Guilherme Silva, de seis anos, que acompanhou a avó nas compras, já garantiu camiseta, bermuda e, quem sabe, uma chuteira.

— Nesse ano está mais difícil, comprei só presente para os netos e ainda estou pesquisando bastante onde está mais barato. Para o resto da família só vou dar uma lembrancinha — conta.

Rosane ainda pretende parcelar as compras para não apertar o bolso no final do mês. Ela e 20,5% dos entrevistados também devem parcelar as compras. Mas, a maioria, 50,5%, disse que pagará à vista no dinheiro.

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O professor Everton Policarpi, 31, que se mudou há pouco tempo do Mato Grosso do Sul para Floripa, acredita que os preços estão melhores por aqui e, com isso, vai dar para agradar todo mundo.

— Tive a impressão que aqui os preços estão mais baixos, está melhor que no ano passado. Já comprei presente para a minha irmã, meu sobrinho e meu filho, ainda falta para a minha esposa e os meus pais — conta.

Alívio com o 13º salário

A pesquisa ainda mostra que a renda extra, como o 13º salário, deverá ser economizada por 42,6% dos entrevistados, enquanto outros 24,3% pretendem pagar dívidas e 21,3% devem usar para garantir os presentes. O vigilante Agnaldo Antônio Fernandes, 32, dá o recado:

— O décimo a gente guarda, porque vira o ano, tem as férias e as contas do início do ano, não dá pra gastar tudo no Natal, temos que segurar um pouco — sugere.

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Já na hora de comprar os presentes, Agnaldo confessa que não é muito de pesquisar, mas aposta nas lojas que conhece por terem o preço mais em conta.

— Os preços estão na mesma faixa que no ano passado, mas ainda não é o que a gente espera, não dá para comprar pra todo mundo. Lá em casa, só de irmãos, somos em 11, aí não tem como, é só pai, mãe e afilhados, se comprar pra todo mundo a gente se quebra.

Mas não é todo mundo que costuma comprar presentes nesta época do ano. A cabeleireira Juçara de Souza, 55, não é adepta dos presentes. Para ela, o maior presente do Natal é quando ela reúne a família para um jantar ou faz uma ação social para quem precisa.

— Eu compro quando tenho necessidade, dou um presente quando tenho vontade ou quando vejo que alguém precisa de algo e está dentro das minhas condições, do contrário, não compro. O que importa no Natal é estar junto, estar em paz, estar com a minha família, não essa onda de consumismo que é imposta pelo sistema capitalista — diz.

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