As praias de Florianópolis já tiveram 279 pinguins-de-magalhães encontrados mortos nos últimos 40 dias, desde o início da temporada de migração da espécie ao Sul do Brasil, em busca de alimento, que se concentra no inverno. Eles foram identificados pela Associação R3 Animal, uma organização dedicada ao atendimento de animais silvestres.
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O grupo chegou a resgatar outros 18 pinguins ainda vivos no período, mas 13 deles não resistiram. Os outros cinco seguem em reabilitação no Centro de Pesquisa, Reabilitação e Despetrolização de Animais Marinhos (Cepram), do R3 Animal, onde há também mais cinco animais de temporadas passadas ou achados por outros grupos que integram o Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS).
Em grande parte dos casos, as mortes se deram por motivação humana, o que os especialistas chamam de ação antrópica. As aves acabam presas em redes de pesca, em um período em que a tainha também migra ao Sul, e morrem afogadas.
Há também diversos casos de pinguins debilitados pela viagem desde a Patagônia, região fria entre o Sul da Argentina e do Chile, e as Ilhas Malvinas, onde vivem no restante do ano. Costumam ser encontrados neste estado os animais jovens, ainda inexperientes em passar por essa migração.
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— Infelizmente, no exame de necropsia, a maioria dos animais apresenta alterações compatíveis com afogamento por interação antrópica, a captura não intencional por instrumentos de pesca, além de sinais de desnutrição devido ao longo caminho percorrido durante a migração e falta de alimento neste período — explica a médica veterinária Janaína Rocha Lorenço, conforme noticiou o g1 SC.
Os especialistas do R3 Animal já chegaram a encontrar 41 pinguins sem vida em um único dia nesta temporada, na Barra da Lagoa e na Praia do Moçambique (foto acima).
Na lista vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), entidade que classifica o estado de risco de extinção de cada espécie, a situação do pinguim-de-magalhães aparece como pouco preocupante, em avaliação de 2020.
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