Quase uma semana após o início da greve dos servidores da Companhia de Melhoramentos da Capital (Comcap), bairros de Florianópolis têm ruas com lixo acumulado e resíduos em excesso. Os sacos espalhados chegam a formar montanhas à beira das vias, como mostram imagens feitas pelo fotógrafo Tiago Ghizoni (veja abaixo).
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Locais como a região central da cidade, Serrinha, Monte Cristo, José Mendes, Mont Serrat, Trindade e Morro do Horácio são alguns dos que têm sacolas cheias de lixo acumuladas e muita sujeira causada pela quantidade de materiais colocada pelos moradores nas ruas.
De acordo com o Sintrasem, pelo menos 90% dos funcionários da Comcap aderiram à greve na Capital. Por causa da paralisação, três empresas foram contratadas pela prefeitura para fazer a coleta do lixo nas regiões onde os trabalhos normalmente são feitos pela Comcap.
No Norte da Ilha e no Continente, os resíduos já eram recolhidos por uma empresa privada, a Amazon Fort, que, após a paralisação, incluiu a coleta de lixo no bairro Ratones às terças, quintas e sábados durante o dia, e na Barra da Lagoa, quando a coleta é feita na segunda, quarta e sexta-feira durante o dia.
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Segundo o Município, as empresas Pro Activa, Recicle e Ambiental — contratadas após o início da greve — se credenciaram para prestar o serviço por quanto tempo for necessário e estão distribuídas nas regiões Leste, Sul e Central. Além disso, a ACMR Coperativa de catadores se credenciou para fazer coleta seletiva na cidade.
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As empresas terceirizadas que foram contratadas nos últimos dias não obedecem um roteiro específico de coleta, pois, de acordo com a prefeitura, o trabalho está sendo feito sob demanda de urgência.
Segundo o Sintrasem, na tarde desta quarta-feira (16) deve ocorrer uma nova assembleia entre os servidores da Comcap e os profissionais da saúde, educação e assistência social que também deflagraram greve na última semana.
Na reunião a tendência é de que seja feita uma avaliação da greve e outros encaminhamentos sobre a paralisação. Na manhã desta terça-feira (15), trabalhadores da Comcap fizeram panfletagem em frente do Ticen apresentando as reivindações da Comcap para a população.
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Autorização para descontos salariais
Na última sexta-feira (11), o Tribunal de Justiça de Santa Catarina bloqueou R$ 100 mil do Sintrasem por descumprimento da medida judicial que determinou o retorno imediato de todos os servidores municipais às atividades.
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A Justiça definiu também uma multa de R$300 mil por cada dia de descumprimento da decisão e autorizou que a prefeitura desconte dos grevistas e abra sindicância para processo administrativo e disciplinar. Além disso, o TJSC determinou que o Ministério Público abra sindicância para investigar ações do sindicato ligadas à greve.
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