Em meio à pandemia da Covid-19, surge outra preocupação: casos de dengue aumentam em Santa Catarina. Em Florianópolis, cerca de 4.349 focos foram encontrados até esta terça-feira (15). Os dados da prefeitura mostram que oito bairros contabilizam mais de 100 focos, cada, e o maior número é registrado no Centro: 412 pontos.
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O Norte da Ilha registra 388 focos do mosquito da dengue. Desses, 232 são no Rio Vermelho e 156 nos Ingleses. Nessa lista, ainda estão Canasvieiras, com 185 pontos de foco; Capivari, com 158; Itacorubi, com 142; e Trindade, na região Central, com 134. O Campeche, no Sul da Ilha, também está nessa lista e registra 127 pontos.

Apenas dois de 49 bairros da cidade não registraram focos até então, segundo a prefeitura: Costa da Lagoa e Solidão.
Florianópolis ainda tem 83 casos ativos de dengue, conforme informações da Diretoria de Vigilância Sanitária (Dive) de Santa Catarina. É a quinta cidade com maior número de casos no Estado, ficando atrás de Joinville, Navegantes, Camboriú e Itajaí.
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O professor de parasitologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), José Henrique de Oliveira, diz que esse número tende a diminuir nos próximos meses. No momento, segundo o especialista, os ovos estão eclodindo e, por isso, há um aumento no número de casos, já que quem transmite a dengue é o mosquito adulto:
– O que a gente observa agora é um resultado da atividade natural do ciclo do mosquito. No inverno, o número de focos tende a diminuir e essa é ciclagem é normal. Em dezembro, deve começar a aumentar o número de focos novamente e depois o número de casos. Mas para agora, com as temperaturas mais frias, a tendência é diminuir.
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Os maiores focos são encontrados em vasos e pratos de plantas, pneus, baldes e piscinas. A Vigilância Sanitária do município faz visitas nos imóveis que estão há um raio de 300 metros dos pontos que apresentam maior risco de contaminação.
Dados de SC
Em Santa Catarina, mais de 12 mil casos de dengue foram registrados no primeiro semestre de 2021. Segundo a Dive, esse é o maior número da história do Estado, o qual superou o total de casos registrados em todo o ano de 2020. Há registros de mais de 40 mil focos do mosquito em 217 municípios do Estado, de acordo com a diretoria.
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Como previnir
Para evitar a proliferação do vírus, a Dive pede alguns cuidados:
- Evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usá-los, coloque areia até a borda;
- Guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;
- Mantenha lixeiras tampadas;
- Deixe os depósitos d’água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;
- Plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água;
- Trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana;
- Mantenha ralos fechados e desentupidos;
- Lave com escova os potes de comida e de água dos animais no mínimo uma vez por semana;
- Retire a água acumulada em lajes;
- Dê descarga, no mínimo uma vez por semana, em banheiros pouco usados;
- Mantenha fechada a tampa do vaso sanitário;
- Evite acumular entulho, pois ele pode se tornar local de foco do mosquito da dengue;
- Denuncie a existência de possíveis focos de Aedes aegypti para a Secretaria Municipal de Saúde;
- Caso apresente sintomas de dengue, chikungunya ou zika vírus, procure uma unidade de saúde para o atendimento.
* Sob supervisão de Vinicius Dias