A rede pública de saúde de Florianópolis está com 15 medicamentos em falta. Entre os remédios sem estoque estão analgésicos (como paracetamol em gotas e dipirona) e antibióticos, como azitromicina.
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Na lista que detalha a falta de medicamentos da Prefeitura de Florianópolis, 12 dos remédios não possuem prazo para nova entrega.
A maioria dos produtos são considerados de uso básico e essenciais para o tratamento de diversas doenças e sintomas, de acordo com Ademar Paes Junior, presidente da Associação Catarinense de Medicina (ACM).
– A falta de medicamentos básicos para suprir as necessidades dos pacientes do SUS sempre prejudica a população mais carente. Na maioria das vezes, resulta em descontinuidade no tratamento, o que se torna a situação mais grave – afirmou.
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O omeprazol, remédio que reduz a produção de ácido no estômago, está em falta há pelo menos dois meses no centro de saúde do Centro, segundo relatos de pacientes. Uma moradora da região contou à reportagem que utiliza a medicação de forma contínua para conter efeitos colaterais de outros remédios:
– Fui no posto buscar omeprazol em maio e não consegui. Fui no dia primeiro de junho e não tinha. De novo, 27 de junho e 4 de julho, nada. E até agora não consegui pela rede pública.

A prefeitura da capital alega que está com dificuldade na aquisição de 14 dos remédios em falta. Dentre os medicamentos na lista, apenas adesivos de nicotina serão repassados pelo Ministério da Saúde.
– Eu tenho compras feitas em pregões vigentes com fornecedores, mas eles alegam que não estão conseguindo importar os medicamentos para forncer – justificou o secretário de Saúde, Carlos Alberto Justo da Silva, em entrevista ao Jornal do Almoço.
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Segundo o secretário, a prefeitura está iniciando novos pregões para a compra dos produtos em falta e para ter mais fornecedores à disposição. A expectativa da pasta é que, com os novos contratos, os estoques de medicações sejam normalizados durante esta semana.
Veja a lista completa e a previsão para normalização do estoque:
- Adesivo de nicotina, sem previsão de entrega;
- Azitromicina, previsão de entrega em 05/08;
- Carbonato de cálcio + Colecalciferol, previsão de entrega em 15/07;
- Colagenase, sem previsão de entrega;
- Dexametasona solução oftálmica, sem previsão de entrega;
- Diclofenaco sódico, sem previsão de entrega;
- Dimenidrinato + Piridozina, sem previsão de entrega;
- Dipirona comprido, sem previsão de entrega;
- Estrogênios conjugados, sem previsão de entrega;
- Hioscina injetável, sem previsão de entrega;
- Nitrofurantoina, sem previsão de entrega;
- Óleo mineral solução oral, sem previsão de entrega;
- Omeprazol, previsão de entrega em 22/07;
- Paracetamol gotas, sem previsão de entrega;
- Sulfadiazina, sem previsão de entrega.
Estoques normalizados nos hospitais
A Secretaria de Estado da Saúde informou que tem conseguido manter estoques regulares de medicamentos para abastecimento da rede hospitalar própria, com algumas faltas pontuais.
Em nota, a pasta confirmou que “apesar de algumas dificuldades enfrentadas em todo território nacional, Santa Catarina vem conseguindo manter seus estoques de insumos. O Estado está atento a essas questões e vem monitorando diariamente os estoques nas suas unidades. Em paralelo, além das atas de compra que estão em aberto, vem buscando a aquisição de forma emergencial, caso seja necessário”.
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