Pesquisa nacional realizada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) em todas as capitais do Brasil mostra que em julho de 2019, o custo da cesta básica de alimentos em Florianópolis foi a terceira mais cara do Brasil (R$ 483,20). A capital com a cesta mais cara foi Porto Alegre (R$ 493,22), seguida por São Paulo (R$ 493,16). Os menores valores médios foram observados em Aracaju (R$ 359,95) e Salvador (R$ 372,25).
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Em 12 meses, entre julho de 2018 e o mesmo mês de 2019, a Capital catarinense acumula a maior alta com 16,36%. Aracaju registrou a menor variação (4,37%). Nos primeiros sete meses de 2019, quase todos os municípios pesquisados acumularam aumento, com destaque para Vitória (15,64%), Recife (11,90%) e João Pessoa (11,69%). A taxa negativa foi registrada em Campo Grande (-0,66%). As quedas mais expressivas ocorreram em Aracaju (-6,04%), Natal (-4,02%), Rio de Janeiro (-3,89%) e Recife (-3,81%).
O preço da lata de óleo de soja diminuiu em 14 capitais entre junho e julho. As taxas negativas mais expressivas foram registradas em Goiânia (-4,18%), Vitória (-3,47%) e Salvador (-2,86%). Em Porto Alegre e Natal, o preço médio não variou. O único aumento foi o de Florianópolis (1,35%).
Salário mínimo de R$ 4.143,55
Com base na cesta mais cara que, em julho, foi a de Porto Alegre, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em julho de 2019, o valor necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 4.143, 55, ou 4,15 vezes o mínimo de R$ 998,00.
Em julho de 2019, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica totalizou 94 horas e 25 minutos, e, em junho, 96 horas e 57 minutos. Em julho de 2018, quando o salário mínimo era de R$ 954,00, o tempo médio foi de 86 horas e 43 minutos.
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Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em julho, 46,65% da remuneração para adquirir os produtos. Esse percentual foi inferior ao de junho, quando ficou em 47,90%. Em julho de 2018, quando o salário mínimo valia R$ 954,00, a compra demandava 42,84% do montante líquido recebido.