A cidade de Florianópolis aparece em 5º lugar em um ranking que retrata a expectativa de vida média entre as capitais brasileiras. O levantamento feito pelo Instituto Cidades Sustentáveis, que analisou dados do Sistema Único de Saúde (SUS), mostrou que os moradores da cidade vivem em média 70 anos. As informações são do g1.
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A análise feita pelo órgão comparou quarenta indicadores em uma Mapa das Desigualdades, relativos aos objetivos de desenvolvimento sustentável, estabelecidos pelas Nações Unidas. O índice de idade média ao morrer é uma forma de sintetizar os diversos indicadores e temas analisados, afirmam os responsáveis pelo estudo.
A capital catarinense aparece em 5º lugar, atrás de Belo Horizonte (MG), com expectativa de vida de 72 anos, Porto Alegre (RS), também com 72 anos, Rio de Janeiro (RJ), que tem expectativa de vida de 71 anos e Curitiba (PR), que empata com a idade média ao morrer de 70 anos.
— A idade média ao morrer é o resultado de uma combinação de fatores. É baixa, geralmente, porque existe um problema maior de mortalidade jovem e infantil, que são reflexos de problemas nas áreas da saúde, da violência, de educação, de saneamento, de habitação — explicou o coordenador geral do Instituto Cidades Sustentáveis, Jorge Abrahão.
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A diferença entre o menor e o maior índice das capitais no ranking é de 15 anos, o que reforça a desigualdade do país, explica Jorge.
— É uma diferença muito grande, um dado relevante e muito importante sobre esse que é o maior problema do Brasil. Nosso intuito é mostrar esses dados para direcionar investimentos e políticas públicas justamente para reduzir essa desigualdade — completou.
O pesquisador afirma que não é possível destacar quais fatores específicos colocaram as cidades nessas colocações, e que dentro dos próprios municípios há uma grande desigualdade.
— Para termos essa informação, o ideal é que cada capital construísse um mapa da desigualdade, dentro da própria cidade, porque existe uma diferença interna, muitas vezes maior que a do Brasil. Existem bairros e distritos de Belo Horizonte que têm expectativas de vida que superam os 80 anos, enquanto outras podem ser abaixo dos 60. A partir daí, é possível chegar a conclusão dos motivos que levam a esses resultados — esclareceu Jorge Abrahão.
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Outro destaque vai para a discrepância entre regiões, com as capitais do Sul e Sudeste nas primeiras colocações do ranking.
— Isso mostra que as cidades do Sul e do Sudeste têm condições de infraestrutura e de acesso mais elevadas que outras cidades. Se é possível que essas cidades tenham indicadores mais elevados dentro de um mesmo país, o que elas estão fazendo para isso — questiona.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) também foram considerados na pesquisa.
Confira o ranking de idade média ao morrer
- Belo Horizonte (MG) – 72 anos
- Porto Alegre (RS) – 72 anos
- Rio de Janeiro (RJ) – 71 anos
- Curitiba (PR) – 70 anos
- Florianópolis (SC) – 70 anos
- São Paulo (SP) – 70 anos
- Vitória (ES) – 70 anos
- Natal (RN) – 69 anos
- Fortaleza (CE) – 68 anos
- Goiânia (GO) – 68 anos
- João Pessoa (PB) – 68 anos
- Recife (PE) – 68 anos
- Belém (PA) – 67 anos
- Campo Grande (MS) – 67 anos
- Aracaju (SE) – 66 anos
- Cuiabá (MT) – 65 anos
- Maceió (AL) – 65 anos
- Salvador (BA) – 65 anos
- Teresina (PI) – 65 anos
- Rio Branco (AC) – 64 anos
- São Luís (MA) – 64 anos
- Porto Velho (RO) – 61 anos
- Manaus (AM) – 59 anos
- Palmas (TO) – 59 anos
- Macapá (AP) – 58 anos
- Boa Vista (RR) – 57 anos
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