Com 203 resgatados, a Diretoria de Bem-Estar Animal (Dibea) de Florianópolis anunciou nessa quinta-feira (20) que suspendeu os acolhimentos. O espaço tem capacidade para atender 120 animais, mas os frequentes casos de abandono e maus-tratos levaram à superlotação.
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O hospital veterinário, que presta serviço à prefeitura, também já não dispõe de vagas para novos atendimentos. São 172 cães, 31 gatos e até dois cavalos a espera de um lar, segundo a diretora da Dibea Fabiana Bast.
– O abandono aumentou muito, principalmente de animais doentes, idosos, cujos tutores, que perderam renda e não têm como pagar pelos tratamentos, covardemente se livram deles em qualquer lugar – explicou Fabiana.
Outro fator que contribui para a situação, conforme a diretora, é o grande fluxo de veículos durante o verão e o aumento dos casos de atropelamento de animais.
– Esses veículos atropelam e não prestam socorro. Tem também as ninhadas indesejadas que são descartadas porque os tutores não castram seus animais – aponta Fabiana.
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Adoção
A diretora explica que a Dibea tem o dever de resgatar animais em estado gravíssimo, com risco de morte ou maus-tratos graves, mas para isso depende da solidariedade das pessoas.
– Precisamos doar os animais pra abrir espaço para salvar outros. Mas no momento, as adoções estão em número insuficiente. Estamos analisando criteriosamente cada caso – afirmou.
Todos os animais entregues para adoção pela Dibea são castrados, vacinados, vermifugados e microchipados. Antes, a adoção era permitida apenas para quem reside na capital, mas recentemente, uma lei municipal autorizou a doação a moradores de outros municípios também.
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A Dibea funciona de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h, e aos sábados, exclusivamente para adoção, das 13h30 às 17h, na SC-401, 114, ao lado do cemitério do Itacorubi.
Numa visita ao local, para levar um animal para casa, os interessados preenchem uma ficha de intenção de adoção e passam a receber as orientações da equipe da Dibea sobre o processo, que pode levar entre uma e duas semanas.
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