Entre os dias 3 e 5 de dezembro, Forianópolis sedia a primeira edição brasileira do Colóquio Internacional Vinho, Patrimônio, Turismo e Desenvolvimento. Mais de 100 trabalhos acadêmicos, de sete países diferentes, vão abordar os aspectos econômicos, culturais e históricos de uma das bebidas mais apreciadas ao redor do mundo. O evento vai acontecer na sede do Sebrae/SC, no Parque Tecnológico ALFA, na SC 401.
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Pela primeira vez no Brasil, Santa Catarina foi escolhida como sede do evento por representar uma nova fronteira vitivinícola no país e na América Latina, como explica Acari Amorim, diretor da Associação dos Produtores de Vinhos Finos de Altitude de Santa Catarina (Acavits).
– O Estado possui peculiaridades culturais, regionais e paisagísticas que favorecem a produção e a comercialização da bebida, assim como o enoturismo – disse.
Os principais objetivos do evento são incentivar a pesquisa relacionada aos aspectos culturais do vinho no Brasil e na América Latina, ampliar as redes de pesquisadores interessados no tema, e também mostrar ao mundo a vitivinicultura do Brasil e especialmente de Santa Catarina. Vão ser apresentados trabalhos de universidades do Brasil, França, Chile, Marrocos, Portugal, Espanha e Argélia.
Grandes estudiosos estarão presentes no Colóquio e entre eles nomes importantes do cenário acadêmico vitivinícola mundial. Destaque para Maria Gravari-Barbas, diretora da cátedra “Unesco Cultura, Turismo e Desenvolvimento”, da Universidade de Sorbonne, na França, e para Michele Pratz, do comitê de Bens Franceses do Patrimônio Mundial, responsável pelo tombamento de centros históricos e culturais relacionados à produção vitinícola.
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Desde que a Unesco classificou nove vinhedos europeus como patrimônio mundial, as vinícolas e todos os seus valores materiais e imateriais vêm chamando a atenção dos pesquisadores universitários, que passaram a estudar o reflexo da cultura de produção do vinho sob diferentes aspectos. Prova disso é a diversidade de temas abordados nos trabalhos que serão apresentados no colóquio.
– Na Europa esses estudos já são muitos comuns e difundidos. Com a vinda desse evento ao Brasil, queremos fortalecer a pesquisa acadêmica também na América Latina. Os trabalhos existem, mas precisamos fazer com que eles sejam vistos, discutidos, integrados – comenta o professor doutor da Universidade Federal do Paraná, Vander Valduga.
Depois dos três dias de apresentação dos trabalhos, o Colóquio Internacional será seguido de uma viagem técnica aos principais vinhedos de Santa Catarina nas cidades de São Joaquim, Campos Novos, Caçador e Treze Tílias.
– A produção de vinho no Estado é importante para fomentar a economia e também desenvolver o turismo de Santa Catarina – afirma Valdir Rubens Walendowsky, presidente da Santur.
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O evento é coorganizado pela Universidade de Borgonha, Universidade Paris 1 Panthéon Sorbonne, Universidade Federal do Paraná, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina e pela Associação dos Produtores de Vinhos Finos de Altitude de Santa Catarina (Acavits). Além disso, o colóquio tem o apoio do Sebrae/SC e da Santur.