O primeiro caso de dengue autóctone, contraído dentro da cidade, foi confirmado pela Secretaria de Saúde de Florianópolis nesta quarta-feira. O paciente contaminado mora em Ponta das Canas, no Norte da Ilha, mas provavelmente foi infectado em Jurerê, onde trabalha. O bairro tem dois focos de Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika. Ele está sendo acompanhado.

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Para a Secretaria, o desafio para as próximas semanas é, apesar da chegada do outono, manter o apoio da população na limpeza dos possíveis criadouros do vetor.

— Já esperávamos que neste ano teríamos casos locais de transmissão da doença. Todo o nosso trabalho, desde o ano passado, tem como foco evitar a proliferação do mosquito e, assim, minimizar o risco de iniciar uma epidemia — diz o secretário de Saúde, Daniel Moutinho Junior.

A epidemia de dengue avança rapidamente em todo o Estado neste ano. De acordo com o boletim mais recente da Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado, de 1º de janeiro a 19 de março, foram confirmados 2.204 casos da doença. Desses, 1.998 tiveram transmissão dentro de Santa Catarina.

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Em Florianópolis, medidas de bloqueio de transmissão estão sendo tomadas pelas equipes do Programa de Combate ao Aedes aegypti, incluindo varredura das áreas onde os pacientes com dengue transitam, em busca de focos do mosquito, e pulverização de inseticida, conhecida como fumacê, nos bairros onde há maior infestação e casos confirmados.

Gripe A

A Secretaria de Saúde salienta, no entanto, que a preocupação maior, agora, é com a gripe A (H1N1), que vem registrando casos no Estado e em outras capitais. Florianópolis já teve três casos em 2016, mas os pacientes estão se recuperando.

Para evitar que haja um surto em Florianópolis, a Prefeitura enviou ofício ao Ministério da Saúde pedindo a antecipação da campanha de vacinação contra a gripe.

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_ Sabemos que este será um inverno rigoroso e queremos garantir que ficaremos livres também desta epidemia _ afirma o secretário.

Não confunda os sintomas

Uma especial preocupação, neste momento de transição entre o verão e os meses mais frios, é a possível confusão entre sintomas de gripe (cujos casos já estão aparecendo) e de dengue (cujos casos ainda podem surgir, já que o pico pode chegar até abril e se estender ainda por alguns meses). Ambas as doenças são virais e causam febre, mal-estar, cefaleia e dores no corpo no início do quadro.

A principal diferença é o aparecimento de sintomas respiratórios, como dor de garganta, tosse e dificuldade para respirar, que são característicos da gripe. Assim, é importante que as pessoas procurem atendimento médico ao aparecimento de febre, e que os profissionais de saúde estejam atentos aos sintomas e fatores de risco, para que os casos possam ser diferenciados (clínica ou laboratorialmente) e recebam tratamento adequado.

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