Com 9,7 mil demissões contra 7,7 mil contratações em março, Florianópolis encerrou o primeiro trimestre de 2016 na última posição do ranking estadual quando o assunto é geração de emprego. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Previdência Social, o saldo negativo em 2 mil vagas foi impulsionado, em sua maioria, por cerca de 1,5 mil desligamentos no comércio, seguido por mais 1,1 mil demissões na área de serviços só em março na Capital. No trimestre, os números também são ruins.

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As 23,5 mil admissões no período não foram páreo para as 26,3 mil dispensas, que geraram um saldo negativo de 2,8 mil postos de trabalho. Assim, Florianópolis ficou na 41ª posição em geração de empregos no trimestre – a última entre as cidades pesquisadas no Estado – e passou a ocupar a posição de número 5.625 no ranking nacional. Este cenário, segundo a avaliação do presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL) de Santa Catarina, Ivan Tauffer, é o reflexo do atual momento econômico e político que o Brasil vive.

Para ele, para driblar as dificuldades, os comerciantes acabam unindo setores ou tarefas, reduzindo assim o quadro de funcionários e, por consequência, acabam cortando os gastos com a folha de pagamento.

— Outra coisa também influência nesse total (de vagas fechadas) é a demissão voluntária. Muitos empregados estão deixando seus cargos nas lojas e esses postos não são repostos — analisa Tauffer.

SC fechou 3,8 mil empregos formais em março

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Santa Catarina encerrou o mês de março com 3,8 mil vagas fechadas. No trimestre, o Estado conseguiu fechar com saldo positivo de 8,4 mil vagas, mas nos últimos 12 meses o número foi negativo: 82.328 postos de trabalho fechados.O resultado ruim está ligado à crise econômica, que provocou a redução de 118.776 empregos de carteira assinada no país. Agropecuária, serviços, comércio e construção civil foram os principais setores com índices negativos.