Um levantamento feito pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) mostrou que a inflação registrada em Florianópolis, no mês de janeiro de 2019, foi de 0,46%, em relação ao mesmo período do mês anterior. Os números do Índice de Custo de Vida (ICV) foram divulgados na tarde desta terça-feira (5). Ainda de acordo com a Udesc, a inflação acumulada nos últimos 12 meses atingiu 4,51%.

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Segundo a Udesc, os dois grupos de produtos que mais tiveram influência no cálculo do ICV, alimentação e transportes, tiveram aumentos expressivos em janeiro. No grupo de alimentos, a alta foi de 1,58%. Já nos transportes houve aumento de 0,8%.

Entre os alimentos com maior alta, foi constatado aumento de 18% nos preços do mamão, 17,5% no abacaxi e 10,3% no valor das maçãs. Por outro lado, houve quedas de raízes e tubérculos que ficaram 11,6% mais baratos em janeiro. Da mesma forma, o preço do tomate despencou em média 40%, reduzindo parte do aumento que tinha sido registrado em dezembro, quando o valor ficou 52% mais caro.

Outro setor que apresentou alta acima da média foi o de serviços de comunicação, que teve reajuste de 2,28%. O aumento de preços foi puxado principalmente pelos valores cobrados por empresas de TV por assinatura, que subiram 17,5% no último mês.

Novo cálculo

Neste ano, a Udesc decidiu mudar a fórmula usada para calcular a inflação na cidade. A partir de agora, a metodologia é a mesma que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aplica no cálculo do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado como a inflação oficial do país.

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Os dois índices, da Udesc e do IBGE, consideram a variação de produtos e serviços utilizados por famílias que têm renda entre 1 e 40 salários mínimos. Os dados são coletados ao longo de todo o mês.

Com a mudança, a universidade espera que as comparações feitas com os índices de inflação nacionais sejam mais próximas da realidade. O IPCA é calculado com base em uma pesquisa de preços que engloba diversas capitais e regiões metropolitanas, mas Florianópolis não é citada nos números do IBGE.