Os preços dos produtos e serviços consumidos pelas famílias de Florianópolis tiveram deflação em junho (-0,11%). Foi a primeira inflação mensal negativa registrada desde setembro de 2022. Naquele mês, o índice havia sido de -0,19% e encerrava uma sequência de três meses seguidos de percentual negativo de variação de preços.

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Os números são do Índice de Custo de Vida (ICV), calculado mensalmente pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), por meio do Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag), com apoio da Fundação Esag (Fesag).

A inflação de junho mantém uma queda iniciada em março. O índice também foi menor que o do mesmo mês do ano passado, quando houve alta de 0,15%. Com isso, os índices acumulados também recuaram.

A inflação do primeiro semestre de 2023 fechou em 3,05% (nos cinco meses até maio, estava em 3,16%). Já o acumulado dos últimos 12 meses caiu para 3,21% (estava em 3,47% em maio). O número fica inclusive abaixo da meta nacional anual de 3,25%.

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Transportes e alimentos

Os preços ligados aos transportes ajudaram a puxar a inflação para baixo no mês de junho em Florianópolis. O setor teve queda de preços de -1,1%. Embora preços dos combustíveis, que oscilaram ao longo do mês, ao fim tenham recuado um pouco (-0,15%), a queda neste caso teve um peso maior por conta dos preços dos carros novos (-2,5%), um efeito do programa temporário de incentivos à indústria de automóveis lançado pelo governo federal.

Por outro lado, os preços das passagens aéreas, que vinham recuando nos últimos meses, tiveram aumento de 2%.

Os preços dos alimentos e bebidas – que, somados ao grupo dos transportes, consomem mais de 40% do orçamento das famílias – tiveram leve recuo em junho (-0,16%). A queda foi um pouco maior nos alimentos comprados em supermercados e feiras para consumo em casa (-0,26%). Os preços das refeições e lanches consumidos fora de casa ficaram estáveis em junho.

A maior queda foi a dos preços dos óleos e gorduras (-8,9%), com destaque para o óleo de soja (-13,2%). Bebidas (-1,5%), aves e ovos (-1,5%), carnes in natura (-1,1%), leites e derivados (-1%), carnes e peixes industrializados (-0,7%) também caíram. Os pescados ficaram praticamente estáveis (-0,08%).

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O maior aumento foi o dos tubérculos, raízes e legumes (9,6%), com destaque para a batata inglesa (31,7%). Também subiram os enlatados e conservas (6,4%), farinhas, féculas e massas (1,7%), frutas (1,2%), sal e condimentos (1%), panificados (0,8%), hortaliças e verduras (0,8%), açúcares e derivados (0,7%), cereais, leguminosas e oleaginosas (0,3%).

O IVC

O índice calculado pela Udesc Esag registra a variação dos preços de 297 produtos e serviços consumidos por famílias de Florianópolis com renda entre 1 e 40 salários-mínimos. Para o último boletim mensal, os dados foram coletados entre os dias 1º e 31 de maio. O índice é publicado regularmente há mais de 50 anos. Mais informações podem ser obtidas em udesc.br/esag/custodevida.

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