A Vigilância Epidemiológica de Florianópolis divulgou nesta semana um alerta sobre o aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Já foram diagnosticados ao menos 188 casos, número considerado alto até mesmo para o inverno. Deste total, 164 pacientes atendidos moram na Capital.
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De 2 a 30 de junho, de acordo com a Secretaria de Saúde de Florianópolis, eram esperados, dentro da margem de segurança, 22 casos de SRAG. Mas foram diagnosticados 54 casos de síndrome respiratória em um mês. Para se ter uma ideia, somente na semana passada, quando eram previstos apenas dois casos segundo a média histórica para o período, a rede pública de saúde registrou dez.
Já de Influenza A são nove casos confirmados no mês de junho, sendo dois óbitos na Capital, de uma mulher de 52 e um homem de 53 anos.
A maior parte dos casos, até o momento, foi causada por outros microorganismos não identificados por técnicas virais – exames realizados para pesquisar o tipo de vírus, feitos pelo Laboratório Central de Saúde Público do Estado (Lacen).
O vírus sincicial respiratório (VSR) foi o mais frequentemente associado a estas infecções, seguido pelo Influenza A. Aproximadamente 12% dos casos notificados seguem ainda em investigação, aguardando resultado laboratorial.
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O que é Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG)?
Em pacientes com menos de seis meses de idade, a SRAG é caracterizada por sintomas de gripe, como febre de início súbito, acompanhada de tosse ou dor de garganta; cefaleia (dor de cabeça) e dores musculares. Em crianças menores de dois anos, quando não há outro diagnóstico específico, como bronquite, por exemplo, os sintomas são febre de início súbito, mesmo que referida; tosse; coriza e obstrução nasal.
Em pacientes com idade superior, os sintomas são febre de início súbito e sintomas respiratórios como tosse, coriza, obstrução nasal, falta de ar; dores pelo corpo e muita dor de cabeça.
— Na SRAG esses sintomas gripais são mais graves, que levam o paciente à internação — indica a especialista em epidemiologia, médica e gerente de Vigilância Epidemiológica de Florianópolis, Ana Cristina Vidor.
Ao sinal de gravidade da doença, os médicos devem levar em consideração dispneia (falta de ar); choque; desconforto respiratório; insuficiência respiratória; e piora nas condições clínicas de doença.
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Causas
As principais causas para as SRAG são infecções virais, embora, ocasionalmente, possam ser causadas por outros microorganismos. Ao perceber os sintomas, procure uma unidade de saúde e consulte um médico para avaliação.
— Vale ressaltar que a automedicação é muito perigosa, em qualquer circunstância, e como ainda temos focos de Aedes aegypti em Florianópolis, e por isso com risco de dengue, é importante estarmos atentos aos sintomas para chegarmos ao diagnóstico correto. Há componentes presentes em certos medicamentos utilizados para minimizar o desconforto da gripe que não podem ser prescritos a pacientes com dengue — esclarece Ana.
Cuidados
A Vigilância Epidemiológica reforça alguns cuidados básicos que as pessoas devem incluir em sua rotina para evitar contágios respiratórios, principalmente nessa época do ano. São eles:
– Utilizar lenço descartável para higiene nasal.
– Lavar as mãos várias vezes ao dia.
– Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir, caso não tenha lenço, proteja com o antebraço evitado as mãos que são importantes veículos de contaminação.
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– Evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de gripe e resfriado.
– Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca.
– Evitar sair de casa em período de transmissão da doença.
– Higienizar as mãos após tossir ou espirrar.
– Evitar aglomerações e ambientes fechados (procurar manter os ambientes ventilados)
– Manter os ambientes bem ventilados.
– Adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos.
– Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas.