Os franceses do grupo Mademoiselle K chegam a Florianópolis nesta quinta para uma apresentação gratuita do seu rock progressivo no Célula Showcase. O som da banda tem influência do rock americano, principalmente Weezer, mas também Rolling Stones e os irlandeses do U2.

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O CD Ça me Vexe (pode ser traduzido como “isso me irrita”) rendeu ao grupo o título de Revelação do Rock Francês de 2006 e, desde então, é considerado uma das grandes influências do cenário musical francês.

Conheça as músicas da banda no Youtube: clic.sc/mlle-k

A fundadora e líder da banda, Katerine Gierak, é formada em música pela Sorbonne e conversou com o DC por telefone enquanto estava em Curitiba. Disse que pretende conhecer a poesia brasileira em sua passagem pelo país. Confira trechos do bate-papo.

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É sua primeira vez no Brasil?

Katerine Gierak – Sim. Já me apresentei no Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Montenegro (RS), Caxias do Sul (RS), Porto Alegre (RS) e Curitiba (PR). Adoramos o Brasil. É um país muito bonito e as pessoas são muito agradáveis. Adoramos que as pessoas pulem, dancem e se exprimam (risos).

Nosso melhor público até agora foi em Belo Horizonte. As pessoas dançaram muito, foi incrível, um público muito espontâneo. Me disseram que tinha muito estudantes na plateia, mas também que o Sul do Brasil é um pouco mais frio. Não que as pessoas não tenham sido simpáticas, mas Belo Horizonte foi extraordinário.

No Rio de Janeiro, tivemos um problema com atraso. Quando começamos o show, tínhamos apenas metade da plateia completa, muita gente chegou depois de 20 minutos ou meia hora de show.

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Quando foi que você começou a fazer música?

Katerine – Canto quando tenho alguma história a contar. Tocava guitarra já há oito anos, sempre fui guitarrista, tocava piano e flauta também e comecei a cantar com 20 anos. Não sei por quê, mas foi um bom momento. Escrevia muitos poemas antes. Sempre gostei muito de poesia, até mais do que de prosa. Na minha família, sempre gostamos muito de poesia, principalmente no lado de minha mãe. Amo a poesia e, em determinado momento, comecei a escrever textos para cantar. Então, comecei na música por meio da poesia. Não dá para cantar músicas de outras pessoas. Prefiro contar minhas próprias histórias.

E você conhece a poesia brasileira?

Katerine – Muito mal. Conheço mais os poetas ingleses, franceses, mas adoraria conhecer os poetas brasileiros. Preciso descobri-los! (risos). Gosto de ler poesia na língua em que ela foi escrita. Quando fui ao Chile, comprei um livro de Neruda em espanhol. É preciso ter a sonoridade da língua em que ela foi feita.

Você gostaria de conhecer as obras de Carlos Drummond de Andrade ou de Manoel de Barros?

Katerine – Ah, sim, adoraria! Me envie os nomes por e-mail, por favor. Assim posso comprar os livros aqui.

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Como você descreveria sua música para alguém que ainda não teve a chance de conhecer?

Katerine – É um rock. Com muita energia, um ritmo contagiante, saio do palco muito cansada (risos). Mas tenho muitas influências. Amo a música clássica, por exemplo, e também tenho muitas baladas.

Francofonia

Se você curte ou quer conhecer a música cantada em francês ou feita pela França e Canadá, fique de olho nesses nomes:

Camille

Zaz

Amelie Les Crayons

Carla Bruni

Olivia Ruiz

Yuksek

Karpatt

Emily Loizeau

Jane Birkin

Couer de Pirate

Anaïs

Agende-se

O quê: show Mademoiselle K

Quando: 14 de março a partir das 21h

Onde: Célula Show Case – Rod. João Paulo, 75 – João Paulo

Quanto: entrada franca (ingressos devem ser retirados na Aliança Francesa _ Rua Visconde de Ouro Preto, 282)

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