O 1º Fórum Catarinense de Prevenção da Gravidez na Adolescência reúne pediatras, hebiatras (especialistas em adolescentes), ginecologistas e obstetras, médicos da família e psiquiatras, além de enfermeiros, residentes e estudantes de medicina e enfermagem, nesta sexta-feira. O evento vai das 14h às 17h, no auditório do Conselho Regional de Medicina, em Florianópolis.
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Presidente do Departamento Científico de Adolescência da Sociedade Catarinense de Pediatria, o pediatra Gerson José Coelho enfatiza que o pior a fazer é ignorar o assunto, que precisa estar na agenda de famílias e escolas:
— Negar a iniciação sexual ou achar que se está estimulando é tapar o sol com a peneira — afirmou Coelho, em entrevista ao Direto da Redação.
O pediatra alerta que a iniciação sexual das meninas começa ao redor dos 13 a 14 anos. conforme o grupo social.
— Quanto mais desfavorecido, mais cedo a iniciação.
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Cerca de 18% dos brasileiros que nascem a cada ano são gerados por mães adolescentes (de 15 a 19 anos) e também crianças (nos casos mais graves, a partir de 10 anos de idade). Os dados são do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivo (Sinasc), do Ministério da Saúde, colaborando com as estatísticas da Organização Mundial de Saúde (OMS), que coloca os países da América Latina no segundo lugar no ranking de mães adolescentes em todo o mundo, só perdendo para a África Subsaariana, onde se registra o mais alto grau de pobreza do planeta.
Em Santa Catarina, o índice está ao redor de 13%.
— É um problema mundial, com exceção da Europa — alerta Gerson José Coelho.