Florianópolis em alerta contra a dengue

Os números da dengue acendem um alerta na Prefeitura de Florianópolis, que intensificou as ações educativas de combate ao mosquito e as visitas a locais que são potenciais criadouros de larvas. Agentes do Centro de Zoonoses e da Vigilância Epidemiológica têm feito visitas constantes a residências, com o intuito de alertar a população e ensinar a acabar com focos de Aedes aegypti. Equipes da Secretaria de Infraestrutura e Comcap também executam limpeza em pontos que possuem potencial foco de proliferação do mosquito. Essas ações são parte da Operação Fim da Picada, intensificada pela Prefeitura de Florianópolis nas últimas semanas.

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A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) aponta que 80% dos focos do mosquito transmissor da dengue estão em quintais residenciais. A Fiocruz classifica como depósitos artificiais móveis os locais onde costumam ser encontradas as larvas do Aedes aegypti.

O Programa da Dengue em Florianópolis explica que esses depósitos artificiais móveis podem ser vasos de plantas (principalmente os pratinhos colocados sob os vasos), baldes, potes, pneus e até mesmo bebedouro de animais de estimação.

O trabalho das equipes consiste, principalmente, em avaliar a existência de possíveis focos, em especial depois de longos períodos de chuva, e explicar à população que o combate à dengue requer medidas simples e deve ser um compromisso de todos.

“Bastam dez minutos por semana de cuidados com o quintal ou áreas externas para eliminar esses depósitos e controlar a proliferação do mosquito”, afirma a coordenadora do Programa.

Medidas de combate à dengue

Não há como se prevenir da dengue se não combater a reprodução do mosquito que transmite o vírus da dengue. Como ele se prolifera em água parada limpa, é preciso tomar alguns cuidados, como:

• evitar o acúmulo de água em recipientes como vasos e pneus;
• manter as calhas limpas;
• manter caixas d’água tampadas;
• cobrir pratinhos de vasos com terra;
• fechar potes e garrafas armazenados;
• fechar os ralos.

Como a dengue é transmitida?

A dengue é causada por um vírus, mas, ao contrário da maioria dos vírus, ela não é transmitida por contato direto entre pessoas. É preciso que uma fêmea de Aedes aegypti pique uma pessoa contaminada. Os ovos da fêmea contaminada são colocados em locais com água parada e eclodem em larvas que se transformarão em mosquitos contaminados com o vírus.

A picada desses mosquitos contaminados é que transmite a doença. Há, ainda, casos de transmissão entre gestante e bebê e por transfusão de sangue, mas estes são mais raros e não causam epidemia.

O que fazer em caso de contaminação?

Em primeiro lugar, é preciso reconhecer os sintomas da dengue, que podem ser parecidos com os de uma gripe forte ou de Covid.

Dor de cabeça, principalmente atrás dos olhos, dor nas articulações, cansaço, coceiras na pele e febre são alguns dos principais sintomas, mas a infecção pode ser assintomática.

Em casos mais graves, são relatados vômitos constantes, forte dor abdominal e sangramento das mucosas.

É indicado procurar atendimento médico quando houver alguns desses sintomas ou quando a febre persistir por mais de dois dias.

Não há tratamento específico para dengue, mas algumas medidas devem ser tomadas para evitar o agravamento da doença, como repousar e aumentar a ingestão de água.

A Secretaria de Saúde de Florianópolis alerta para os riscos da automedicação em caso de suspeita de dengue, pois o uso de alguns anti-inflamatórios ou medicamentos que contenham ácido acetilsalicílico (AAS) podem agravar significativamente o quadro.

Em caso de sintomas, a orientação é buscar atendimento em nossas unidades de saúde. Para mais informações e orientações, acesse o site ou ligue para o Centro de Zoonoses (48) 3338-9004.

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