Segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde, 312 cidades brasileiras têm cobertura vacinal de poliomielite abaixo de 50%. Entre eles, estão oito municípios de Santa Catarina — Palhoça e Florianópolis fazem parte desta lista.
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As outras cidades catarinenses são Anitápolis, Pedras Grandes, Pomerode, Major Gercino, Cunhataí e Palmeira.
De acordo com Eduardo Macário, diretor de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive/SC), ainda não se trata de uma epidemia. Porém, o momento já é de alerta, e a prevenção é a principal ferramenta para combater o problema.
— É uma triste situação. Não é de agora que estamos alertando — disse Macário.
Alguns boatos começaram a circular em redes sociais, espalhando informações falsas sobre problemas causados por vacinas.
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— Não há risco algum. O risco é não vacinar — alerta o diretor da Dive/SC.
A poliomielite (ou “paralisia infantil”) está erradicada no Brasil desde 1990. Quatro anos depois, o país foi considerado área livre de circulação do poliovírus selvagem pela Organização Pan-americana de Saúde (Opas).
Entretanto, o Ministério da Saúde adverte que é preciso manter a cobertura vacinal acima de 95%, principalmente em crianças até cinco anos.
De acordo com Macário, medidas já estão sendo tomadas desde o mês passado.
— Os municípios precisam ampliar os esforços para alcançar a cobertura vacinal. Uma das sugestões é a de estrategias por parte da saúde da família para procurar as crianças não vacinadas — relatou o diretor da Dive/SC.
Entre 6 e 31 de agosto, o Ministério da Saúde promoverá a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite.
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Sarampo
Outra preocupação é com o sarampo. Há casos registrados na Venezuela e na Rússia. A Secretaria de Saúde de SC fez um alerta para que turistas que fossem acompanhar a Copa do Mundo se vacinassem com, pelo menos, dez dias de antecedência.
Os postos de saúde fornecem de forma gratuita as vacinas contra o poliomielite e a tríplice (sarampo, caxumba e rubéola).
Ouça a entrevista com Eduardo Macário, diretor da Dive/SC: