“Quando avisto a Ponte Hercílio Luz, na chegada à Ilha, o coração dispara e me sinto bem. Isso acontece sempre, há 32 anos, desde que escolhi morar aqui. Hoje, Floripa é minha casa” – diz Jeferson Della Roca, de 42 anos, maestro da Camerata de Florianópolis e da Orquestra de Ópera de SC.
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Natural de São Carlos, no Extremo-Oeste catarinense, Jeferson passou a morar na Capital aos 10 anos. Sempre estudando o mundo dos sons, se tornou um aluno adiantado de violino ainda jovem. Começou cedo a lecionar música e logo já tinha alunos tão bons quanto ele próprio. Aos 24 anos, criou a Camerata com objetivo profissional. A partir de 1997, o trabalho amadureceu.
– Dos 22 músicos fixos, metade não é de Florianópolis. Além da profissionalização, pesa na decisão a qualidade de vida – avalia.
Dos seus alunos, alguns tiveram muitas oportunidades fora da cidade, mas optaram por ficar.
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– Tenho um aluno que fez doutorado em violino nos Estados Unidos, recebeu ofertas para ganhar muito bem por lá e preferiu voltar. Outro é violoncelista, estudou na Suíça e na Itália. Voltou para Florianópolis – conta.
Com uma vida social agitada e intensa, Jeferson prefere sempre o sossego da própria casa, no Córrego Grande, onde a piscina tem formato de violino e a janela da sala oferece uma linda vista da cidade.
– Tenho uma casa na Praia de Ingleses, mas gosto de muitas praias. No ano passado, meu pai teve uma doença séria e quando ofereci a ele a oportunidade de fazermos uma grande viagem, o que ele me pediu foi para visitar novamente todas as praias de Floripa – revela.
Na música, para ele, Florianópolis não deixa nada a desejar a outras cidades brasileiras.
— A música erudita vem se desenvolvendo muito em Florianópolis nos últimos cinco anos – garante.
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