Florianópolis foi a capital do Brasil que registrou mais chuva no mês de dezembro, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Ao todo, foram 477 milímetros de chuva, deixando muitas ruas alagadas e pessoas fora de casa.
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O volume de precipitação foi três vezes maior do que o esperado para o período. Em apenas dois dias, a capital catarinense chegou a registrar 303 milímetros de chuva, o que a deixou no topo do ranking das cidades mais chuvosas do país.
Atrás de Florianópolis, Goiânia (GO) somou 443,2 milímetros de precipitação e Belo Horizonte (MG) teve 427,8 milímetros. Rio Branco (AC) e Manaus (AM) fecham a lista das capitais com maior índice de chuva em dezembro, com 417,3 e 403,3 milímetros respectivamente.
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O aumento das chuvas aconteceu por conta do La Niña, evento climático que acontece no meio do Oceano Pacífico e influencia as condições do tempo no continente. Segundo o meteorologista Mamedes Luiz Melo, esse fenômeno esteve aliado a outros comuns durante o verão, o que ocasionou um período de muita precipitação.
— Não é uma coisa que anda sozinha, os fenômenos andam juntos. Aqui na América do Sul, nesse período de verão, alguns fenômenos normais começam a atuar e ajudam a potencializar a chuva. Mas o percentual maior do que aconteceu está em cima do La Ninã — explica Melo.
Chuva nos próximos meses
O meteorologista adianta que, em janeiro, a chuva será abaixo da média na faixa do litoral catarinense, da capital à Joinville. No restante do Estado, a precipitação está prevista para ficar na média.
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Já em fevereiro, a região litorânea será mais chuvosa que no mês anterior e deve atingir a média de precipitação. As outras partes de Santa Catarina, no entanto, devem permanecer com o índice dentro do comum para a época do ano. A exceção é o Oeste, onde o volume de chuva previsto é bem abaixo da média.
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— Isso ainda é resultado do La Niña, que que está previsto para durar, com 50% de probabilidade, em janeiro. A partir de fevereiro, ele entra em neutralidade. No entanto, quando ele para de atuar, as coisas não mudam de uma hora para outra, não é uma chave. A regularidade das chuvas deve voltar lá no final de março — indica Melo.
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